A Agência de Viagens 123 Milhas promoveu hoje uma demissão em massa na sua sede em Belo Horizonte, diante da sua pior crise. Os funcionários foram pegos de surpresa ao chegarem ao trabalho no prédio da companhia. Relatos dão conta de que praticamente toda a empresa foi chamada para um auditório, de onde foi informada a demissão em massa, dado o momento que a empresa passa.
Sem conseguir honrar os pacotes flexíveis, a empresa suspendeu a emissão de todas as reservas desta modalidade até o final do ano e ofereceu vouchers parcelados para os clientes como reembolso, denotando uma possível falta de dinheiro para a devolução devida.
Logo depois, a empresa irmã, a HotMilhas, suspendeu os pagamentos de milhas já vendidas e também a compra e venda de novas, sem dar muita explicação, mas provavelmente num efeito dominó que pode chegar a terceira empresa do grupo: a Max Milhas.
O total de demitidos ainda não foi confirmado. As pessoas foram informadas apenas sobre o pagamento do salário devido do mês de agosto, mas não da recisão.
Em nota à imprensa a “123milhas informa que iniciou hoje, 28/08, um plano de reestruturação interna, com redução do tamanho da equipe para se adequar ao novo contexto da empresa no mercado. Essa difícil decisão faz parte das medidas para mitigar os efeitos da forte diminuição das vendas. A empresa está trabalhando para, progressivamente, estabilizar sua condição financeira”.
Até o momento, nenhum passageiro que ingressou com ação judicial contra a empresa contra a suspensão da emissão do pacote teve sucesso no processo, mesmo com decisões favoráveis. É esperado que amanhã os donos das três empresas compareçam à CPI das Pirâmides Financeiras, no Congresso Federal, em Brasília.
