Na cidade de Isfahan, Irã, o voo inaugural de um novo turboélice utilitário desenvolvido pela Iran Aircraft Manufacturing Industries (HESA), chamado Simorgh, foi realizado em 31 de maio, na presença do Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas iranianas, Mohammad Bagheri.
O Simorgh, que é uma variante do Antonov An-40 produzido sob licença da fabricante ucraniana, está previsto para substituir os Lockheed Martin C-130 norte-americanos atualmente usados pela frota iraniana. O Irã era um dos principais clientes de aeronaves militares americanas nos anos 1970, mas desde então vem substituindo gradualmente as aeronaves veteranas por aeronaves nativas e russas.
A mídia estatal IRNA informou que a aeronave se beneficia de “materiais locais de alta tecnologia e foi projetada de acordo com as condições climáticas do Irã, bem como com os padrões e regulamentos internacionais”. A agilidade e a capacidade de transporte, combinadas com sua resistência às condições climáticas extremas, tornam a aeronave única.
Além do Simorgh, as últimas conquistas da aviação militar iraniana incluem o jato caça leve Kowsar, cujas aeronaves de produção em série entraram em funcionamento no final de 2018. Essas aeronaves, assim como os drones usados pelo Exército Russo na Ucrânia, revelaram fortes performances, disse a imprensa local.
A maior esperança para o Irã está no fato de o Simorgh não se limitar a forças militares, sendo possível seu uso em tarefas civis. Como a aeronave não está diretamente relacionada à defesa, ela possui maior possibilidade de exportação.
O desempenho global e as possibilidades de uso militar e civil do Simorgh ainda devem ser determinadas, assim como em que escala a aeronave será produzida, quão viável seu custo em comparação com outros modelos e se ela se estenderá além da Força Aérea Iraniana ou será comprada por Marinha e Corpo da Guarda Revolucionária. Estas perguntas deverão ser respondidas no futuro.