Easyjet mostra avião elétrico para 186 passageiros; parceiro iniciou a construção dos motores

A companhia aérea britânica easyJet informou que deu um passo importante rumo ao avião comercial elétrico para rotas de curta distância, depois que seu parceiro no projeto disse que começaria o desenvolvimento dos motores para a aeronave.

A princípio, aviões totalmente elétricos só poderão voar distâncias relativamente curtas, mas podem ser uma parte essencial da tentativa da indústria da aviação de reduzir suas emissões de carbono.

Como parceira da easyjet no projeto, a Wright Electric disse na quinta-feira, 30 de janeiro, que está trabalhando para desenvolver sistemas elétricos que sejam grandes o suficiente para um avião comercial de 186 assentos e que, portanto, construiriam um motor elétrico de 1,5 megawatt.

No mesmo dia, a empresa aérea também divulgou uma imagem da concepção do novo avião, a qual você vê na abertura dessa matéria.

Rotas de 500 Km

A EasyJet quer que os aviões elétricos façam rotas de cerca de 500 km, o que significa que poderia usar a aeronave em Londres para Amsterdã, a segunda rota mais movimentada da Europa. A empresa fez uma parceria com a Wright Electric em 2017 para explorar as perspectivas de voos comerciais elétricos de curta distância. 

“É emocionante ver seu cronograma ambicioso para testes e entrada em serviço progredindo”, disse o presidente-executivo da easyJet, Johan Lundgren.

Por sua vez, a Wright disse que pretendia realizar testes de solo de seu motor em 2021 e testes de voo em 2023.

Sob pressão

O setor de aviação está sob pressão para encontrar maneiras mais sustentáveis ​​de operar, enquanto grupos de ambientalistas têm incentivado as pessoas a não voar e buscar alternativas mais ecológicas.

O movimento sueco do “Flight Shame” ou “Vergonha do Voo”, liderado por ativistas como a adolescente Greta Thunberg, enfraqueceu a demanda por viagens aéreas na Europa no último ano.

Lundgren, que também é sueco, anunciou no ano passado que a easyJet pagaria pela compensação de carbono de todos os seus voos, mas disse que essas medidas eram apenas uma solução provisória até que novas tecnologias fossem desenvolvidas.

“Sabemos que é importante para nossos clientes que operemos da maneira mais sustentável possível”, disse ele. “Podemos ver mais claramente do que nunca um futuro que não depende exclusivamente de combustível de aviação”, concluiu.

https://aeroin.net/ceo-hi-fly-aviacao-mais-limpa-pessoas-voarem/
Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

Veja outras histórias

Airbus, Turkish, RR e empresas aeroespaciais turcas lançam programa para ampliar...

0
O STEP visa impulsionar o crescimento da indústria aeroespacial turca ao longo dos próximos 15 anos, alinhando-se com os objetivos de