Na noite do dia 31 de outubro, um avião da KLM Cargo que fazia o voo MP-8321, entre Amsterdã e Joanesburgo, enfrentou uma situação inesperada durante sua subida. O Boeing 747-400F foi atingido por um raio.
A aeronave envolvida no incidente foi a de registro PH-CKB, um Boeing 747-400 de carga com 20 anos de uso. Segundo informações do Planespotters.net, ela foi entregue originalmente à KLM em 2003, mas atualmente é operada pela Martinair e voa em nome da KLM Cargo.
O voo decolou de Amsterdã às 22h48, mas, durante a subida, foi atingido por um raio, como relatado pelo The Aviation Herald. O raio causou o mau funcionamento de sistemas digitais e até mesmo um odor elétrico a bordo. Por conta disso, os pilotos decidiram retornar para Schiphol ao invés de continuar para Joanesburgo.
Antes de pousar em segurança duas horas após a decolagem, a aeronave precisou realizar uma série de esperas para queimar combustível. O pouso ocorreu em segurança e o jato foi encaminhado à manutenção. A mesma aeronave foi capaz de completar o mesmo trajeto entre Amsterdã e Joanesburgo no dia seguinte, 1º de novembro, e têm operado nessa rota desde então.
Apesar do incidente e do retorno, não é comum que a incidência de raios afete sistemas da aeronave. Na maior parte das vezes, os chamados “lightining strikes” não são nem percebidos, sendo descobertos apenas posteriormente através de inspeção, que identifica sinais de entrada e de saída do raio por diferentes partes da aeronave.
Isso porque aviões são projetados para que conduzam externamente a descarga elétrica desde os pontos de entrada até os de saída, sem riscos para as pessoas em seu interior. Entretanto, em casos de um raio muito intenso, ou de múltiplos raios, a intensidade da descarga pode acabar por causar algum efeito em certos sistemas elétricos e eletrônicos, mas ainda assim, sem riscos graves à segurança de voo.
