Advogados de Direitos Humanos querem barrar envio de peças para F-35 israelenses

Foto – IDF

Uma ação movida nos Países Baixos pretende barrar o fornecimento de peças para os caças de 5ª geração F-35i que pertencem à Israel. A aeronave é hoje é o caça mais avançado em operação na Ásia e tem sido usado constantemente nos ataques contra os grupos Hamas e Hezbollah, após o atentado impetrado pelo primeiro grupo há pouco mais de um mês.

No entanto, os danos colaterais destas operações e a morte de milhares de civis palestinos têm gerado uma enxurrada de críticas de vários países e organizações, que veem as ações de retaliação de Israel como uma limpeza étnica.

E, para um grupo de advogados holandeses, o seu país estar fornecendo peças para os F-35I faz os Países Baixos “serem cúmplices dos crimes de guerra praticados por Israel na guerra contra o Hamas”, como reporta o The Jerusalem Post.

O governo da Holanda já havia sido alertado sobre a possibilidade de violação de leis de guerra por continuarem a enviar as peças do F-35, mas ignorou os avisos e as entregas continuam normalmente.

O país, junto da Itália, é um parceiro de nível 2 dos EUA no programa F-35 da Lockheed Martin, sendo responsável pela produção de parte das peças das 4 versões disponíveis hoje: A, B, C e I.

Esta última é uma modificação feita pela IAI em Israel mas que se inicia apenas após o F-35A ficar pronto e ser entregue. Acima da Holanda, está apenas o Reino Unido como parceiro de nível 1 e os próprios EUA.

O advogado do governo holandês pede que a justiça negue a liminar impetrada pelos advogados de Direitos Humanos, alertando que Israel tem o direito de legítima defesa e também que os EUA arranjariam outro fornecedor para entregar as peças, e é preferível que a Holanda faça isso.

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

Veja outras histórias