Aeroflot pede a passageiros para meditar após sanções derrubarem seu entretenimento a bordo

A companhia aérea estatal russa Aeroflot está pedindo aos passageiros para lerem um livro ou tentar meditar depois de retirar seus serviços de streaming de filmes e televisão a bordo dos aviões devido a sanções ocidentais, que atingiram os serviços de entretenimento a bordo de uma parte da frota, onde o conteúdo é transmitido para o dispositivo móvel pessoal do passageiro.

Numa publicação no Telegram, compartilhada pelo analista de aviação Jason Rabonowitz (abaixo), a aérea sugeriu que, em vez de assistir ao entretenimento a bordo, os passageiros poderiam “fazer um balanço do ano” e talvez fazer uma lista de desejos ou escrever planos para o novo ano que se aproxima.

Ainda assim, a aérea prometeu, que a “recusa de fornecedores estrangeiros em fornecer esse serviço” tiraria apenas temporariamente do ar o streaming e que já estava trabalhando em uma solução doméstica para contornar as sanções.

A Aeroflot desafiou as probabilidades de continuar voando depois que as sanções impediram fabricantes e fornecedores de aeronaves de enviar peças de reposição para a Rússia. O presidente-executivo da Airbus alertou em outubro que a indústria estava “preocupada” com a manutenção de aviões na Rússia, especialmente depois que a demanda por viagens domésticas aumentou.

A Aeroflot teria contornado as sanções até agora retirando peças sobressalentes de aviões aterrados. Em paralelo, o governo russo permitiu que cinco empresas locais produzissem peças sobressalentes para aviões comerciais de fabricação ocidental.

O governo britânico e a União Européia consideram a Aeroflot um sério risco de segurança e a proibiram de operar em seus respectivos espaços aéreos devido a “práticas inseguras” da companhia aérea.