Airbus A350 tem seu primeiro acidente com destruição registrado desde que entrou em operação

Cena da aeronave sendo consumida em chamas – Imagem: Redes Sociais

O Airbus A350 tem sido uma referência no avanço tecnológico, notadamente no uso de materiais compósitos. No entanto, após o registro de seu primeiro acidente desde o início de sua operação, é essencial revisitar o desenvolvimento e a história operacional da aeronave, enfatizando suas características fundamentais e o impacto que trouxe à indústria da aviação.

A jornada do A350 começou em 2007, quando a Airbus buscou desafiar a dominância da Boeing no mercado de jatos de longo curso. Um aspecto crítico do projeto do A350 foi a extensa utilização de materiais compósitos, assemelhando-se ao desenvolvimento do Boeing 787, compreendendo mais de 50% da estrutura, incluindo fuselagem e asas.

Esses materiais, segundo comenta o Aviacionline, conhecidos por sua notável relação resistência/peso, resultaram em uma significativa redução do peso total da aeronave, contribuindo para uma melhoria de 25% na eficiência de combustível em comparação com aeronaves da geração anterior. Além disso, o uso de compósitos implica em menor desgaste e necessidade de manutenção, o que se traduz em custos operacionais mais baixos para as companhias aéreas.

A Airbus equipou o A350 com motores Rolls-Royce Trent XWB, aprimorando ainda mais sua eficiência e alcance. A aeronave ostenta uma impressionante classificação ETOPS, permitindo voos em rotas de até 370 minutos (mais de seis horas) a partir do aeroporto mais próximo, conferindo-lhe uma vantagem para voos de longa e ultralonga distância e proporcionando maior flexibilidade às companhias aéreas na elaboração de rotas.

A Qatar Airways foi a primeira companhia aérea a operar o A350, realizando o primeiro voo comercial em janeiro de 2015, demonstrando o atrativo do A350 em diversos ambientes operacionais.

Nesta terça-feira, 2 de janeiro de 2024, uma aeronave A350 da Japan Airlines se envolveu em um acidente no Japão, ao colidir sobre a pista com uma aeronave menor. Ainda não se sabem quais foram as causas e uma investigação será realizada para analisar este que foi o primeiro acidente com perda total do mais moderno jato da Airbus.

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Juliano Gianotto
Juliano Gianotto
Com uma paixão pelo mundo aeronáutico, especialmente pela aviação militar, atua no ramo da fotografia profissional há 8 anos. Realizou diversos trabalhos para as Forças Armadas e na cobertura de eventos aéreos, contribuindo para a documentação e promoção desse campo.

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