O MD-11, que foi fabricado entre os anos de 1990 e 2000, foi uma maravilha da engenharia e muitos entusiastas o veem como um dos aviões mais bonitos já construídos. No entanto, sua operação de passageiros não durou muito tempo e reflete o exemplo da instabilidade das viagens aéreas e de como a indústria aeronáutica avançou para máquinas mais eficientes.
Durante a sua década de funcionamento, o avião viu a produção de 200 unidades e, apesar de ter tido um grande número de passageiros, foi na sua função de avião cargueiro que realmente se destacou, voando até os dias de hoje com pacotes. Ao longo de sua história, a aeronave foi alvo de dois acidentes em sua versão de passageiros.
Swissair 111
O primeiro acidente fatal com um MD-11 ocorreu em 2 de setembro de 1998, durante o voo Swissair 111. O avião, de registro HB-IWF, estava voando de Nova York para Genebra quando foi acometido por um incêndio a mais de 6 mil metros de altura.
Os pilotos tentaram descer e pousar no aeroporto de Halifax, na Nova Escócia (no Canadá), mas, durante os esforços para evitar o desastre, o avião caiu no oceano Atlântico, matando todos a bordo. A causa do acidente foi atribuída a um cabo defeituoso, que ajudou a propagar as chamas que acabaram com todo o sistema elétrico do avião.
China Airlines 642
O segundo e último acidente de um MD-11 de passageiros foi o ocorrido com o voo 642 da China Airlines, em 22 de agosto de 1999. Envolvendo o avião de registro B-150, com pintura da Mandarin Airlines (subsidiária da China Airlines), o evento trágico ocorreu durante a aterrissagem no aeroporto de Chek Lap Kok, em Hong Kong.
Devido a uma tempestade tropical nas proximidades, o avião foi atingido por fortes ventos a 50 metros do solo, fazendo-o colidir violentamente com a pista. Como resultado da colisão, a asa direita se separou e o avião acabou em chamas. Três passageiros faleceram e mais de 200 ficaram feridos. O acidente foi capturado em vídeo por pessoas próximas da cabeceira.
No entanto, mais do que os acidentes, a competição com os bimotores A330 e 777, muito mais eficientes, levaram ao encerramento dos voos de passageiros do MD-11 em 2015. Hoje, o avião é usado apenas para transportar cargas e ainda pode ser visto nas cores da UPS, FedEx e Western Global.
