
Após cinco anos de gestão privada, a TAP Air Portugal volta ao controle do Estado Português, que terá 72,5% do capital da empresa e injetará um auxílio de $1,2 bilhão de euros para sustentar a transportadora de bandeira.
Um acordo com acionistas privados impediu sua nacionalização na última hora, mas mesmo assim a empresa retornará ao controle público, embora mantenha uma presença privada em seu capital de 22,5% (os quais ficam com o empresário português Humberto Pedrosa) e 5% dos trabalhadores.
O negócio foi confirmado pelo ministro Pedro Nuno Santos em sua conta no Twitter na noite dessa quinta-feira.
Finalmente, depois de semanas largas, há condições para auxiliar a TAP. É um momento importante. O Governo chegou a acordo para comprar parte da posição do acionista privado por 55 milhões de euros e fica com 72,5% do capital da TAP. pic.twitter.com/T5wYEA0Wkt
— Pedro Nuno Santos (@PNSpedronuno) July 2, 2020
O próximo passo será a definição de um plano de reestruturação para viabilizar a companhia aérea que o governo de António Costa chama de “estratégico”.
Nascida em 1945, a TAP é uma das principais empresas de Portugal e tem um peso importante em sua economia: emprega mais de 10.000 trabalhadores, aloca $1,3 bi de euros em compras de fornecedores nacionais e contribui com $300 milhões para os cofres públicos através de impostos e taxas.
Nos últimos anos, a gestão da empresa enfrentou grande resistência do governo atual, que sempre demonstrou interesse pela estatização ou, ao menos, pelo aumento de participação para deter o controle. No entanto, é inegável a transformação que a gestão privada trouxe à empresa nos últimos anos.
Segundo o site O Turismo, o governo deve contratar uma empresa para conduzir a gestão da empresa, sempre sob forte supervisão governamental.