Como apresentado em junho, o Brasil será o novo local de fabricação de aviões executivos austríacos, em um investimento estimado em até R$ 300 milhões e com a geração de até 1.300 vagas de trabalho na região.
A fabricante Diamond Aircraft, fundada em 1981 na Áustria e desde 2017 sob controle da chinesa Wanfeng Aviation, havia anunciado no final de junho que a sua representante oficial no Brasil, a gaúcha Aeromot, passaria a fabricar seus aviões sob licença. Agora, segundo reporta o InfoDiretas, nesta semana o contrato foi oficialmente assinado.
As duas empresas definiram que a planta ficará situada em um terreno que seria antes destinado à fabricante de veículos Ford na cidade de Guaíba, no Rio Grande do Sul. O acordo foi assinado em uma reunião em São Paulo.
A Diamond começou a sua história fazendo planadores, mas cresceu e passou para aviões monomotores e depois bimotores, sendo a primeira a adotar, em larga escala, o uso de querosene de aviação (diesel) em seus aviões a pistão.
Os motores são feitos pela Austro, uma subsidiária que usa como base motores a diesel da Mercedes-Benz. Além desta inovação, os aviões da Diamond têm fuselagem de fibra de carbono, reduzindo o peso e permitindo um design único. Suas asas alongadas como as dos planadores garantem um voo estável e um arrasto bastante reduzido.
Todos os aviões bimotores da empresa usam motor a pistão Austro com turbocompressor, que rodam com querosene de aviação comum (JET A1) e também o JP8, que é o querosene militar com aditivos e preparado para ser usado em motores de caças com pós-combustores.
No Brasil, a intenção é produzir o bimotor DA62. Ainda não há detalhes sobre o planejamento da implantação da fábrica e do início da produção.
