Australiana Virgin também foi vítima de peças “falsificadas” instaladas em seus aviões

Boeing 737-800 Virgin Australia
Imagem: Kgbo, CC BY-SA 4.0, via Wikimedia Commons

A Virgin Australia é a segunda empresa a suspendeu recentemente aeronaves devido à descoberta de peças de motor com certificados falsos de liberação. As aeronaves em questão são dois Boeing 737-800 e a companhia australiana segue a americana Southwest, que também reportou o mesmo problema.

Estas peças são parte das que foram fornecidas pela empresa britânica AOG Technics para motores do tipo CFM56, um dos modelos de motor a jato mais populares do mundo. A empresa britânica, por sua vez, está no centro de um escândalo de falsificação de documentação e fornecimento de peças recondicionadas ou até mesmo falsas, que podem colocar em risco a operação comercial dos aviões.

Segundo reportou a imprensa australiana, a AOG teria fornecido estas peças para empresas de manutenção e companhias aéreas, para serem usadas em aeronaves já existentes. O escândalo tem motivado os fabricantes e reguladores a rastrearem a distribuição destas peças.

A CFM, a empresa responsável pelo CFM56, já rastreou 68 motores até o momento. A empresa também informou que está em andamento uma ação judicial contra a AOG na tentativa de obter mais informações sobre o acontecido.

Diante destes acontecimentos, a Virgin Australia recomendou a seus passageiros que mantenham-se atentos às possíveis alterações nos seus voos, pois outros aviões podem ser afetados. A AOG, por sua vez, ainda não se manifestou para se defender do caso.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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