Avião impedido de decolar por estar pesado demais leva passageiros a ficar 16 horas no aeroporto

Foto Ole Simon, GFDL 1.2, via Wikimedia

Passageiros de um voo de férias da empresa de viagens TUI ficaram presos por mais de 16 horas no aeroporto de Exeter. A razão para a demora, segundo a empresa, foi o fato do avião Airbus A320 fretado da empresa Freebird “estar com um excesso de peso e não ser autorizado a decolar”. O caso, no entanto, pode ter outros componentes envolvidos além do tal peso extra.

Um porta-voz da empresa admitiu o problema técnico e explicou que foi descoberto logo após os pilotos terem feito suas verificações finais na aeronave. Passageiros relataram que malas foram escolhidas ao acaso para serem retiradas do avião, mas isso não foi suficiente para dar ao voo autorização para decolar. Todos tiveram que descer.

Um viajante relatou o incidente em seu Twitter, falando da frustração do episódio a que esteve sujeito. O caso ocorreu no começo de junho.

Em uma declaração ao DevonLive, a empresa anunciou que os passageiros não conseguiriam ficar em hotéis próximos devido à lotação, o que provocou ainda maior incômodo.

Foi então decidido que eles deveriam voltar para casa e retornar ao aeroporto no dia seguinte – ou permanecerem esperando ali mesmo, caso não tivessem onde ficar. A empresa notificou os passageiros de que eles receberiam um reembolso pela parte dos dias que não puderam usufruir de sua viagem.

O porta-voz da TUI declarou que os clientes foram comunicados sobre os termos de como seu reembolso deveria ser solicitado.

A empresa transmitiu sua compreensão dos sentimentos dos passageiros e explicou que os profissionais estavam trabalhando o mais rápido possível para resolver o problema. No domingo de manhã às 8h40, com mais de 16 horas de atraso em relação ao horário de partida originalmente previsto, o Airbus A320 começou sua jornada com destino à Turquia.

Depois de toda essa história, pode-se notar que tempo em solo e o atraso de 16 horas não parecem consistentes com um problema de “peso extra” na aeronave, mas outro problema técnico por ter afligido o equipamento.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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