Durante o pouso no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, em 24 de março, um Boeing 737-800 da companhia aérea Boliviana de Aviación (BOA) pôde ser visto acertando mais de uma dezena de pássaros sobre a pista. Não apenas ele, momentos depois um jato executivo e outro avião da Gol também acertam aves na pista, antes que a equipe do aeroporto se aproximasse para remover os animais.
O registro, que pode ser visto abaixo, foi divulgado recentemente pelo canal SBGR Live, que mantém uma câmera voltada para o aeroporto mais movimentado do Brasil, filmando o tráfego aéreo 24 horas por dia e compartilhando no Youtube.
A primeira colisão, do Boeing 737 boliviano, pode ser vista logo nos primeiros segundos do vídeo. Depois, aos cerca de 2 minutos de filmagem, é a vez do jato executivo aterrissar e também acertar várias aves. Aos 9 minutos, um terceiro avião, agora da Gol, também pousa em meio aos animais. Apenas aos 16 minutos é que chega uma caminhonete da segurança para remover as aves mortas.
Por fim, os funcionários do aeroporto saem recolhendo os animais com a ajuda de um saco, que fica cheio ao final. Ao longo da ação, que fechou a pista por 30 minutos, outras duas caminhonetes se aproximam, junto com um caminhão-pipa para apoiar na limpeza.
Bird strike, ou colisão com aves, é um perigo potencial durante a fase de pouso de uma aeronave, mas sobre a pista, como no caso aqui relatado, os riscos são menores. A colisão ocorre quando um pássaro ou bandos de aves colidem com um avião em movimento.
Existem vários riscos associados ao bird strike durante o pouso, que podem incluir, entre outros:
– Danos à aeronave: Um pássaro grande ou um bando de aves pode causar danos significativos ao avião durante o pouso. Isso pode incluir danos nas asas, motores, janelas e outras partes críticas da aeronave.
– Risco de incêndio: Em caso de bird strike durante o pouso, existe o risco de um incêndio ser iniciado devido ao impacto dos pássaros com os motores ou outras partes quentes da aeronave.
– Atrasos e cancelamentos de voos: os voos podem ser atrasados ou até mesmo cancelados, o que pode causar transtornos para os passageiros e prejuízos para as companhias aéreas
Para mitigar os riscos de bird strike, as companhias aéreas e os aeroportos implementam medidas de prevenção, como o uso de radares para detectar a presença de aves na área, treinamento dos pilotos para lidar com situações de bird strike e a implementação de estratégias para afastar as aves dos arredores do aeroporto com presença de aves de rapina e alertas sonoros.