BH Airport coloca R$ 36 milhões no lançamento de projeto ambiental do Aeroporto de Confins

Imagem: Real Aviation

O BH Airport tem no ESG um pilar estratégico e está atento às práticas ambientais, sociais e de governança oferecidas no mercado. Nesse sentido, investiu cerca de R$ 36 milhões na implantação do projeto 400Hz (energia elétrica) + PCA (ar-condicionado para aeronaves). A iniciativa consiste em acoplar nas pontes de embarque equipamentos para fornecimento de energia elétrica de fonte renovável e ar condicionado às aeronaves durante os serviços de solo.

Até 2022, eram utilizados o querosene de aviação e os geradores à diesel. Hoje, Azul, Latam e Gol contam com a solução, que está disponível em 20 posições no pátio do aeroporto. 

“A eletrificação desses processos trouxe eficiência financeira, segurança, redução de ruído e, principalmente, das emissões de gases de efeito estufa, o que torna as nossas operações mais sustentáveis. A proposta do projeto foi substituir a utilização de combustíveis fósseis pelas companhias aéreas durante operações em solo”, explica Geovane Medina, gestor de Produtos e Serviços Aeroportuários e do Terminal de Cargas do BH Airport. 

Antes do início do projeto, o processo era o seguinte: a aeronave pousava no aeroporto e, logo, tratores traziam os equipamentos, movidos a diesel, que eram responsáveis por manter a aeronave e o seu ar-condicionado ligados.  

A companhia aérea ainda tinha a alternativa de usar o APU (Auxiliary Power Unit ou Unidade Auxiliar de Energia) que é um terceiro motor, que geralmente se localiza na cauda do avião e funciona como uma pequena turbina, muito utilizado durante o pré-voo, para manter os sistemas do avião em funcionamento no embarque de passageiros.

Quando em operação, o APU utiliza o mesmo querosene dos tanques das aeronaves, maior custo, e seu funcionamento contribui com emissão de gases de efeito estufa. Com isso, manter o APU ligado não é a melhor alternativa para as companhias aéreas.  

“O projeto 400 Hz e PCA contribui exatamente para que as empresas não utilizem o APU e os equipamentos movidos a diesel. A ideia é realmente contribuir para a preservação do meio ambiente e proporcionar um ganho de eficiência para as empresas aéreas. Para se ter uma ideia, Azul, Latam e Gol têm uma redução de cerca de 30% dos custos que envolvem essa operação, com a utilização dos novos equipamentos”, explica Geovane Medina. 

Informações do BH Airport

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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