A Boeing decidiu descartar os planos de desenvolver uma versão cargueira própria do 777-300ER porque a equação de custo está fora de sintonia, conforme confirmado pela CEO da Boeing Global Services (BGS), Stephanie Pope, informou o Aviacionline. A princípio, isso não afeta em nada os demais atores do mundo que possuem seus próprios projetos de conversão do modelo, como a israelense IAI e a Mammoth Freighters.
Esta mudança de rumo contrasta com o que foi anunciado em 2018, quando a Boeing indicou que iria realizar um programa de conversão para o 777-300ER. Stan Deal, que era então CEO da BGS, e agora CEO da Boeing Commercial Airplanes (BCA), observou que a equipe de desenvolvimento de produtos da BCA está considerando um programa de cargueiro para o modelo 787.
Entre os planos em estudo está a conversão do 787-8 de passageiros para cargueiros, bem como um programa para construir novos cargueiros baseados no 787-9.
Se a Boeing seguir em frente com o projeto do cargueiro 787, substituirá o atual cargueiro 767, cuja produção deve cessar após 2028 devido aos novos padrões de emissões estabelecidos pela Organização Internacional de Aviação Civil (ICAO). Ainda que, embora a Administração Federal de Aviação (FAA) tenha indicado que adotará esses padrões, a Boeing planeja solicitar uma isenção para continuar construindo o modelo 767.
A produção do 767-300ERF ajuda a reduzir os custos de produção do KC-46A Pegasus, baseado no 767-200ER. Manter a linha de produção do 767 aberta deu a ela uma vantagem competitiva importante quando a USAF lançou o KC-Y, seu novo programa de substituição de frota de aeronaves de reabastecimento. Seu adversário é ninguém menos que a Airbus, que em parceria com a Lockheed Martin oferece o LMXT, baseado no Airbus A330.
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