Com 3 aviões danificados, empresa aérea suspeita que funcionários de pátio são sabotadores

Foto: Air Peace

Há pouco mais de uma semana, emergiu na mídia nigeriana a história de que uma empresa de serviços de solo, a Nigerian Aviation Handling Company (NAHCO), e a companhia aérea privada Air Peace, estão numa disputa comercial sob alegações de que funcionários da primeira, estão danificando aeronaves da segunda de propósito.

Como registra o noticiário local Vanguard Nigeria, a NAHCO suspendeu alguns de seus funcionários e está investigando alegações de sabotagem, depois que um de seus caminhões de escada danificou um Airbus A320 da Air Peace no aeroporto de Lagos, em 4 de janeiro. A aeronave tem matrícula ES-SAZ e teve que passar por manutenção.

Em um comunicado, o Diretor Executivo de Serviços Corporativos do Grupo NAHCO, Sola Obabori, disse: “Convidamos as agências regulatórias e de segurança relevantes para investigar o assunto da sabotagem e dar uma olhada independente no incidente. Alguns altos funcionários de operações foram suspensos, enquanto outros estão sendo investigados”. O executivo disse que a NAHCO tinha boas relações com a companhia aérea.

Os voos foram interrompidos depois que o caminhão da escada colidiu com a aeronave da Air Peace, que estava sendo preparada para transportar passageiros de Lagos para Owerri, num voo doméstico pela manhã.

“Nossa equipe é bem treinada; acidentes acontecem. Neste caso particular, nosso agente estava dirigindo para atender outro voo que chegou antes da Air Peace”, disse Obabori ao The Sun Nigeria.

No entanto, a Air Peace disse suspeitar de sabotagem porque foi o terceiro incidente em um mês em que o equipamento da NAHCO causou danos a uma de suas aeronaves.

“Esta é a terceira vez em um mês. A aeronave agora está aterrada e não sabemos quando voltará ao ar”, disse o porta-voz Stanley Olisa ao Nigerian Flight Deck. “O funcionário da NAHCO não tinha motivos para estar onde estava. Ele não foi designado para a aeronave e como ele colidiu com nossa aeronave ainda é uma incógnita”.

“Isso vai causar perda de receita para nós como companhia aérea. A aeronave estava programada para operar vários voos, mas não pôde fazê-lo, causando interrupções e atrasos”, finalizou. A investigação segue aberta.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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