A Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA) pede que as companhias aéreas americanas voem menos em Nova Iorque para não sobrecarregar o seu pessoal.
O pedido foi encaminhado pela FAA a todas as companhias aéreas que operam nos Aeroportos que servem Nova Iorque (LaGuardia, JFK, Newark) e de Washington (Reagan National e Dulles), mas focado especificamente nas três gigantes American, Delta e United.
Estas três empresas tem hubs neste cinco aeroportos, concentrando praticamente toda sua malha da costa leste do país. Porém, a FAA estima que não conseguirá atender a todos os voos que as companhias poderiam operar nestes locais no verão americano.
A agência pede que as empresas entreguem 10% dos seus slots (horários de pouso e decolagem) em cada aeroporto entre 15 de maio e 15 de setembro, para reduzir as operações programadas. A desistência não terá prejuízo para a companhia aérea, que não perderá o slot por falta de uso.
Sem os slots as empresas terão que limitar o número de voos, sendo uma alternativa proposta pela FAA a troca de aeronaves menores por maiores, transportando mais passageiros por voo/slot.
A pandemia é tida como a principal causa da falta de pessoal da FAA, responsável pelo pessoal de controle de tráfego aéreo no país, quando teve uma grande saída de pessoas, mas não teve reposição. Segundo os dados oficiais, em torno de 81% das vagas para controladores estão ocupadas nos EUA, sendo que no Centro de Controle de Nova Iorque (NY TRACON) este número está em apenas 54% de pessoal.
O grande estresse gerado pelo trabalho de controle aéreo, somado à onda de aposentadorias na pandemia, gerou falta de pessoal, que poderia afetar a segurança dos voos.