Como ficará o aeroporto do Vale do Aço em 2041, segundo plano diretor aprovado ontem

Foto: Agência RMVA

A aprovação do plano diretor do aeroporto do Vale do Aço, em Ipatinga (MG), foi um dos assuntos relacionados a infraestrutura aeroportuária que mais repercutiram nesta semana. O importante terminal, também chamado localmente de “aeroporto Usiminas”, em referência à usina siderúrgica, não possuía um plano de futuro vigente.

Visando a preencher essa lacuna, a administração do aeroporto, com apoio da Infraero, construíram o projeto que consiste no estabelecimento de uma fase única de implantação (ano 2031) com uma parte das modificações entregues em 2026 e o restante no ano-limite; e também uma Implantação Final (ano 2041).

Nas implantações estão contempladas a instalação de uma nova área terminal (TPS; administração; TECA; PAA; estacionamento de veículos e novos pátios de aeronaves para aviação geral, aviação regular e cargas); áreas de hangaragem para aviação geral e regular; áreas comerciais; e novas pistas de táxi. Outra melhoria importante será a construção de uma torre de controle.

Abaixo, as imagens que mostram o antes e o depois do projeto. A pista permanece do mesmo tamanho, com 2.005 m x 45 m, mas será melhor aproveitada, com mais taxiways, que darão ao aeroporto condição de operar o Boeing 737 e Airbus A320 (código 4C), enquanto hoje está limitado aos turbolélices ATR-72. Para maior precisão de aproximações, o aeroporto terá ILS CAT I.

A região metropolitana do Vale do Aço tem 500 mil habitantes, mas ainda não conta com um aeroporto que represente sua importância. Consta na Wikipedia que o local tem esse nome por influência da importância econômica das siderúrgicas e tornou-se conhecida internacionalmente em virtude das grandes empresas locais, a exemplo da Aperam South America, Cenibra e Usiminas, e apesar de seu povoamento relativamente recente, corresponde a um dos principais polos urbanos do interior do estado de Minas.

Veja como ficará o aeroporto daqui a 20 anos, segundo os planos recém-aprovados. O projeto está disponível no site do Governo de Minas Gerais (ARMVA).

ANTES (hoje)

No que se refere à configuração atual o aeroporto tem:

1 Pista de pouso e decolagem (RWY);

2 Pistas de táxi (TWY);

1 Pátio de estacionamento de aeronaves;

0 Área de pouso e decolagem de helicópteros;

1 Terminal de passageiros (TPS);

0 Terminal de carga (TECA);

1 Seção contraincêndio (SCI);

0 Posto avançado de contraincêndio (PACI);

1 Parque de abastecimento de aeronaves (PAA);

0 Hangar;

0 Torre (TWR); e

2 Outras edificações

Mas isso muda muito em 2031 e 2041, veja abaixo.

INTERMEDIÁRIO (2031)

No que se refere ao planejamento concernente aos horizontes de 5 anos e 10 anos, em Fase única – ano 2031, a caracterização da área de movimento do aeroporto será composta dos seguintes elementos:

1 Pista de pouso e decolagem (RWY);

17 Pistas de táxi (TWY);

2 Pátios de estacionamento de aeronaves;

0 Área de pouso e decolagem de helicópteros;

2 Terminais de passageiros (TPS);

1 Terminal de carga (TECA);

1 Seção contraincêndio (SCI);

0 Posto avançado de contraincêndio (PACI);

1 Parque de abastecimento de aeronaves (PAA);

32 Hangares;

1 Torre (TWR); e

4 Outras edificações.

FINAL (2041)

No que se refere ao planejamento concernente a Implantação Final – 2041, o terminal passará a ter:

1 Pista de pouso e decolagem (RWY);

23 Pistas de táxi (TWY);

2 Pátios de estacionamento de aeronaves;

0 Área de pouso e decolagem de helicópteros;

2 Terminais de passageiros (TPS);

1 Terminal de carga (TECA);

1 Seção contraincêndio (SCI);

0 Posto avançado de contraincêndio (PACI);

2 Parques de abastecimento de aeronaves (PAA);

50 Hangares;

1 Torre (TWR); e

5 Outras edificações

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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