Uma das mais novas companhias independentes da Europa pode estar fechando as portas para voos regulares de passageiros, indicando que ficará apenas com a carga aérea e fretamentos.
Com participação de capital privado chinês, a Air Belgium começou como uma companhia aérea de voos fretados com jatos Airbus A340-300, mas rapidamente cresceu adicionando aeronaves Boeings 747-8F cargueiros, jatos Airbus A330-200, A330-200F cargueiros, além dos novos A330-900neo de fábrica.
A empresa teve um grande papel na pandemia, fazendo voos de carga nos aviões de passageiros e também nos jatos dedicados. Porém, mesmo com um contrato com uma gigante chinesa, estava estocando aeronaves e aparentava ter dificuldade de manter os voos regulares para destinos turísticos.
Nos últimos meses, ela vinha operado voos para África do Sul, Ilhas Maurício e Marrocos, mas cortou este último destino após os terremotos. Agora, a empresa anunciou o fim dos voos de passageiros para África.
“Com muito remorso, a Air Belgium não conseguirá mais operar os voos de passageiro a partir de 3 de outubro. Todos os voos antes desta data irão ocorrer conforme o planejado”, diz o comunicado que aparece no site oficial da empresa.
Uma página com perguntas frequentes foi aberta e a empresa informa que irá fazer o máximo para realocar seus passageiros em outras companhias aéreas ou voos próprios caso a pessoa decida antecipar. Também é informado que os passageiros receberão o reembolso dos voos cancelados.
No entanto, um detalhe chama a atenção: em alguns trechos é citado que estes cancelamentos fazem parte do processo de reestruturação da empresa, dando indícios que ela pode entrar em Recuperação Judicial em breve.
Rumores não confirmados apontam que a empresa irá voltar a sua operação para ser apenas de voos cargueiros e fretamentos, tanto para agências turísticas ou realizando voos em nome de outras companhias aéreas, o chamado wet-leasing.
