A Cathay Pacific, de Hong Kong (atualmente pertencente à China), enfrenta um grande desafio na tentativa de melhorar a experiência de seus passageiros oriundos da China Continental que falam mandarim. Isso devido ao fato das tripulações de cabine da companhia majoritariamente falarem mais cantonês e inglês do que mandarim.
Conforme a reportagem da Bloomberg, a questão veio à tona no mês passado quando um passageiro gravou um dos comissários de bordo surpreendentemente zombando dele por não falar inglês corretamente. Como parte dos planos de ação, a companhia anunciou sua intenção em recrutar uma parte da tripulação de cabine da parte continental da China.
A partir de julho, o processo de recrutamento começará. Ronald Lam, CEO da Cathay Pacific, afirmou estar ciente que os contratados terão o dever de melhorar a experiência a bordo para aqueles que falam mandarim, ou seja, “chinês padrão”. Em um memorando enviado para seus funcionários, Lam disse que a maioria da tripulação de cabine continuará baseada em Hong Kong, além de recordar da longa história da companhia em recrutar tripulação de cabine “internacional”.
Já, o sindicato dos comissários de bordo, expressou que baixos salários e moral podem ter contribuído para o incidente de discriminação, porém afirmou estar “triste” com o evento.
O CEO também teme que as consequências tenham causado danos significativos à marca da companhia na China continental e decidiu implementar treinamento extra para a tripulação de cabine a partir do próximo mês.