A Delta Air Lines instou o governo dos EUA a permitir que a companhia aérea continue a sua parceria com a AeroMexico, alertando que, caso contrário, poderia ser forçada a cancelar quase duas dezenas de rotas.
De acordo com uma matéria da Reuters, a companhia aérea disse em um documento arquivado no Departamento de Transportes dos EUA (USDOT) que, se a parceria de sete anos for eliminada, “quase duas dúzias de rotas entre os Estados Unidos e o México correriam o risco de serem canceladas”, afetando também pelo menos outras 10 rotas com aviões menores e menos assentos disponíveis.
A empresa argumenta que as tarifas aumentariam e “US$ 800 milhões em benefícios anuais para os consumidores” evaporariam. Além disso, um número substancial de empregos seria perdido em ambos os lados da fronteira. Estima-se que 1,8 milhão de assentos de ida e volta em voos transfronteiriços, representando 4% do total, estejam em risco se a parceria terminar, informa o Aviacionline.
O USDOT, que não comentou imediatamente na sexta-feira, indicou no mês passado que a decisão de não renovar a isenção antitruste da Delta se deve a mudanças feitas pelo México, incluindo a transferência de voos de carga do Aeroporto Internacional da Cidade do México (AICM) para uma nova instalação encomendada pelo presidente na periferia da cidade.
A Delta sustenta que “o raciocínio deve basear-se em provas e não em afirmações não corroboradas” e argumenta que o governo deveria oferecer uma explicação mais detalhada “antes de tomar medidas drásticas, prejudiciais e sem precedentes”.
Autoridades e companhias aéreas dos EUA expressaram oposição às ações tomadas pelo governo mexicano destinadas a aumentar o baixo tráfego no novo Aeroporto Internacional Felipe Ángeles. Autoridades dos EUA indicaram no mês passado que conversaram com homólogos mexicanos de alto nível sobre as decisões, que o USDOT chamou “fundamentalmente fora de conformidade com o acordo bilateral de serviços aéreos existente e com os padrões internacionais”.
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