Oito anos atrás, a piloto privada Gatlyn Ligon, então com 17 anos, participou da primeira edição do voo WING (Women Inspiring our Next Generation, ou Mulheres que inspiram nossa próxima geração) da Delta Air Lines, uma experiência que ela diz ter deixado uma marca indelével em sua jornada na aviação.
A mãe de Ligon, uma comissária de bordo da Delta, acreditava que seria valioso para sua filha ser exposta àqueles que já estavam realizando seu sonho. Mamãe estava certa (como as mães costumam estar).
“No dia do voo, lembro-me de chegar ao aeroporto e ser calorosamente recebida pela comandante Joy Walker, pioneira como a primeira mulher piloto da Delta. Ao entrar no avião, fui recebida por um grupo de mulheres talentosas, todas vestindo o uniforme que eu desejava usar”, disse Ligon, agora primeira-oficial de A320 na Delta.
“Minhas memórias mais duradouras giram em torno das minhas interações com as pilotos. Seus sorrisos e encorajamento acenderam um fogo dentro de mim. Naquele dia, fiquei profundamente inspirada a me esforçar para chegar ao dia em que pudesse me colocar no lugar delas”, explicou ela.
Agora, no último dia 22 de setembro, Ligon se juntou ao WING Flight deste ano em homenagem ao Dia Internacional das Meninas na Aviação, levando mais de 130 meninas de Atlanta para o Centro Espacial Kennedy da NASA, localizado na Costa Espacial da Flórida, semelhante ao que ela havia feito oito anos antes.
As estudantes ansiosas passaram o dia interagindo com as líderes da NASA por meio de um painel de discussão “Mulheres em STEM” e passeios pelo Ônibus Espacial Atlantis e pelo Centro Apollo/Saturn V, que apresentou exposições espaciais interativas, no Complexo de Visitantes do Centro Espacial Kennedy.
O voo WING é operado exclusivamente por mulheres, desde as pilotos até a tripulação de comissários de bordo, passando pela despachante, agentes da TSA, pessoal de portão e de pátio, permitindo que meninas de 11 a 18 anos aprendam sobre carreiras na aviação e aeroespacial.
“Para mim, o WING Flight foi mais do que apenas um vislumbre do mundo da aviação; foi uma experiência cotidiana em primeira mão que solidificou minha aspiração”, compartilhou Ligon. “A experiência não apenas confirmou minha paixão pela aviação, mas também cristalizou meu desejo de trabalhar especificamente para a Delta.”
Atualmente, 42% da força de trabalho total da Delta é composta por mulheres, mas ainda apenas 5% dos pilotos, 19% dos agentes de pátio e 11% dos funcionários de Operações Técnicas são mulheres – números que a Delta afirma que está trabalhando ativamente para aumentar.
Este programa faz parte dos esforços mais amplos da Delta para preencher lacunas de oportunidades para as mulheres na aviação e gerar um fluxo de talentos mais diversificado.
“Acredito que a indústria precisa de mais pessoas apaixonadas pela aviação e dispostas a promover a futura geração de aviadores. Quando essas pessoas são mulheres, isso serve como um aspecto extremamente importante para inspirar a próxima geração, que é a visibilidade”, disse Ligon. “Raramente há uma viagem em que não sou abordada e me é dito que ‘devo ser muito inspiradora para as meninas’ ou que uma mãe fica feliz por sua filha ter me visto quando entraram no avião. Quanto mais visibilidade tivermos, talvez mais pessoas poderemos inspirar, e acredito que cabe a nós fazê-lo para o futuro da nossa indústria como um todo.”
O voo WING é liderado pelo setor de operações de voo da Delta, inspirando-se em uma parceria de longa data com a Women in Aviation International. Desde o início do voo em 2015, a Delta tem cultivado parcerias com escolas e organizações comunitárias em todo os Estados Unidos que facilitam programas STEM (siga em inglês para Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática) e educação em aviação.
