Desativada, área do Aeroporto Carlos Prates, em Belo Horizonte, pode até virar um sambódromo

Aeroporto Carlos Prates – Imagem: Infraero

Na próxima semana, estão previstas mais duas audiências públicas sobre o destino da área do Aeroporto Carlos Prates, desativado desde 6 de abril após muita polêmica. Na segunda-feira (17), às 13h30, no Plenário Helvécio Arantes, a Comissão de Meio Ambiente, Defesa dos Animais e Política Urbana discutirá, a pedido de Professor Juliano Lopes (Agir), a proposta de transformação da área em um sambódromo.

Já na terça (18), às 9h30, a Comissão de Direitos Humanos, Habitação, Igualdade Racial e Defesa do Consumidor debaterá os diversos projetos sugeridos para o mesmo terreno, por solicitação de Bruno Pedralva (PT). Segundo o petista, o debate atravessa vários grupos sociais que propõem diferentes possibilidades de uso desse espaço para moradia social, parque, espaço cultural, dentre outros, e a intenção é “dar condições de um debate mais democrático e amplo”.

As audiências poderão ser acompanhadas pela população, presencialmente ou online, pelo site ou pelo canal da CMBH no YouTube. E a participação popular também pode ocorrer por meio de formulário eletrônico; para enviar dúvidas, comentários e sugestões para reunião da próxima segunda, clique aqui; se deseja contribuir com o tema no dia 18 de abril, acesse aqui

Sambódromo ou aeroporto

O gabinete de Professor Juliano Lopes recebeu um projeto de iniciativa popular para a construção de um complexo na área do Aeroporto Carlos Prates, chamado de “Parque Ecológico Municipal de Esporte, Lazer e Polo de Cultura de BH – Sambódromo Ataulfo Alvas”.

Segundo o proponente, o arquiteto Leonardo de Jesus da Silva, “a construção de um sambódromo na capital passou a ser uma dívida do município com a comunidade belo-horizontina, agremiações carnavalescas, profissionais do samba e a população, que manifestou massivamente o desejo e aprovação desta obra. A população conquistou de forma legítima e democrática a construção do espaço do samba em 2007 pelo sistema do orçamento participativo, sendo a obra mais votada, ‘Construção do Sambódromo de BH’ na Via 240 na Região Norte da capital”. 

Para a audiência sobre o sambódromo são esperados representantes das Secretarias Municipais de Política Urbana e Cultura; Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte S/A (Belotur); escolas de samba, grupos carnavalescos e blocos caricatos; grupos de quadrilha, congado e outros representantes de segmentos da cultura de Belo Horizonte. 

Diferentes possibilidades de ocupação 

Além do sambódromo, existem projetos de construir moradias sociais na área, que tem 500 mil m². Também já foram sugeridas a implantação de um parque, uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e um museu. Na última quinta (13/4), em audiência da Comissão de Mobilidade Urbana, Indústria, Comércio e Serviços, vereadores e representantes de escolas de pilotagem e oficinas de manutenção de aeronaves criticaram a desativação do aeródromo. Entretanto, receberam como resposta da Prefeitura que ela está impedida, por decisão federal do governo anterior, de propor a reativação do equipamento. 

Para a audiência sobre o destino da área, na próxima terça (18/4), são esperados representantes da Anac; Ministério de Minas e Energia; Secretarias Municipais de Saúde, Governo, Meio Ambiente e Política Urbana; Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo Horizonte (Urbel); Conselho Municipal de Saúde (CMS); Coletivo Cultural Noroeste; Liga das Escolas de Samba de Minas Gerais (Liemg); União Junina Mineira; Rede de Apoio ao Circo; e Grêmio Recreativo Escola de Samba Estrela do Vale. 

Informações da Prefeitura de Belo Horizonte

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Juliano Gianotto
Juliano Gianotto
Ativo no Plane Spotting e aficionado pelo mundo aeronáutico, com ênfase em aviação militar, atualmente trabalha no ramo de fotografia profissional.

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