Desviando de sanções, estatal venezuelana recebe Airbus A340 da Guarda Revolucionária do Irã

A companhia aérea afiliada à Guarda Revolucionária Iraniana, Mahan Air, voltou a estar no centro de uma controvérsia após transferir um dos seus dois Airbus A340-200, anteriormente operado pela Força Aérea Francesa, para a companhia aérea estatal venezuelana Conviasa.

De acordo com o que foi relatado pelo Aviacionline, esta medida reflete uma tendência contínua do Irã para adquirir aeronaves, apesar das sanções que proíbem a aquisição de material ocidental e repassar a outros aliados.

Lembrando que em dezembro de 2022, o Irã adicionou quatro Airbus A340-300, anteriormente operados pela Turkish Airlines, com assistência de Burkina Faso. Estas aeronaves foram posteriormente identificadas no Aeroporto de Teerã, confirmando assim as manobras iranianas para contornar as sanções.

As operações do Irã no mercado global da aviação foram alargadas ainda mais quando dois Airbus A340-200 voaram da Indonésia para o Irã em maio passado, com autorização das autoridades indonésias. Estas aeronaves, originalmente parte do Armée de l’Air et de l’Espace, foram adquiridas pela LMO Aero, uma empresa francesa, antes de serem adquiridas por uma empresa do Mali, supostamente uma fachada para a Mahan Air.

Eventualmente, estes aviões chegaram ao Irã, um dos quais foi levado pessoalmente por Mahdi Maghfouri, gestor sénior da Mahan Air, para o aeroporto internacional de Teerã.

Este não é o primeiro incidente em que a Mahan Air se envolve em transações aeronáuticas questionáveis. Em evento anterior, um Boeing 747-300M operado pela Mahan Air foi adquirido pela divisão de carga da Conviasa, a Emtrasur, e posteriormente detido em Buenos Aires, após um voo cargueiro.

As autoridades norte-americanas iniciaram um processo de apreensão do jumbo, revelando que a Mahan Air obteve a aeronave através de triangulação com a Lance Tech General Trading LLC, uma empresa dos Emirados Árabes Unidos.