O que inicialmente parecia uma operação ambiciosa acabou por se tornar um cenário de desmontagem. A Ural Airlines, que afirmava decolar novamente com o Airbus A320 que fez um pouso de emergência em um campo de trigo na Sibéria, agora optou por desmontar a aeronave e utilizá-la como peças de reposição.
Desde o início, a companhia aérea russa afirmava que a aeronave estava intacta, com os motores pouco danificados e que não havia impedimento para decolar o A320. Contudo, a realidade toma outro rumo.
Inicialmente, especulava-se que a aeronave passaria o inverno no campo, mas o jornal russo Izvestia agora relata que o Airbus A320, registrado sob a matrícula RA-73805, será desmontado para fornecer peças de reposição, conforme confirmado por fontes ligadas à autoridade de aviação civil Rosaviatsiya.
Um dos motivos para essa decisão seria a relutância de qualquer parte em assumir a responsabilidade pelo reinício do avião no campo. Alega-se que as estruturas necessárias ainda não foram devidamente preparadas, e testes cruciais para garantir a segurança do voo nas atuais condições não foram realizados, conforme reporta o site aeroTELEGRAPH.
Oficialmente, a companhia aérea afirma que ainda não tomou uma decisão final e está em discussões com a seguradora Alfa Strakhovanie. A seguradora acredita na possibilidade de restauração da aeronave, embora a viabilidade econômica também seja uma preocupação. O custo da restauração e evacuação poderia ser proibitivamente alto sob as atuais circunstâncias, segundo Ilya Kabachnik, vice-diretor da divisão de seguro aeroespacial da Alfa Strakhovanie.
Recentemente, tornou-se público que a Ural Airlines solicitou a demissão dos dois pilotos que realizaram o pouso de emergência em um campo de trigo próximo a Novosibirsk, em 12 de setembro. No entanto, os pilotos recusaram-se a acatar a ordem e foram dispensados pela Ural Airlines.
Em outubro, a Rosaviatsiya divulgou um relatório inicial sobre o voo U6-1383, indicando um defeito técnico inicial que levou ao pouso de emergência do Airbus A320. No entanto, o relatório foi posteriormente retirado em novembro, com a intenção de realizar uma nova investigação.
Receba as notícias em seu celular, clique para acessar o canal AEROIN no Telegram. Conheça também nosso perfil no Instagram e nosso canal no WhatsApp.
Leia mais:
