Ao longo dos últimos 12 meses, as companhias aéreas da Rússia têm sofrido um aumento nas dificuldades resultantes da aplicação de sanções internacionais. Agora, elas estão pressionando as autoridades para que sejam estendidos os intervalos de manutenção para aeronaves ocidentais, com o objetivo de aumentar a disponibilidade de aeronaves para voos.
A Aeroflot e outras transportadoras apelaram às autoridades reguladoras para introduzir um procedimento de “exceção” para prolongar os períodos de serviço, desde que isso não comprometa a segurança. Além disso, as companhias aéreas enfrentam problemas devido ao bloqueio de documentação de manutenção, reparo, assistência e peças sobressalentes dos fabricantes ocidentais.
“Precisamos introduzir dois procedimentos. O primeiro é o processo de isenção (exclusão) para os operadores dos requisitos de documentação padrão quando a sua implementação integral em um determinado formato é impossível. Por exemplo, este é um procedimento para extensões excepcionais de intervalo de serviço. E a segunda é a ordem dos métodos alternativos para determinar o cumprimento dos requisitos das diretrizes de aeronavegabilidade”, disse Marat Tereshchenko, Assessor do Diretor Técnico da Aeroflot, segundo reporta o site russo Izvestia.
Todo esse cenário aumentou significativamente os períodos de reparo de componentes de aeronaves, como a unidade de controle de combustível dos motores A320, que leva agora 120 dias em vez dos 20 dias que levava antes.
Na medida em que o tempo passa, as empresas aéreas russas ficam cada vez mais de mãos atadas quanto às suas aeronaves ocidentais. A chegada de novas aeronaves de fabricação local ainda deve demorar para acontecer em número suficiente para garantir alívio às companhias aéreas, enquanto isso, resta encontrar saídas como a citada nesta matéria.
O principal, no entanto, é garantir a segurança de passageiros e profissionais que trabalham nas aeronaves.
