Em seu primeiro voo, tripulante comete erro que custa R$ 300.000 para a empresa aérea

Avião Airbus A350-1000 British Airways
Imagem: Airbus

A British Airways está sofrendo o embaraço de mais um incidente envolvendo o acionamento acidental de um escorregador inflável de emergência, desta vez durante o pushback de um avião Airbus A350 que pretendia partir do Aeroporto de Londres-Heathrow para Austin, no Texas, na manhã de domingo.

Como cita a imprensa britânica, estima-se que os custos para substituir o escorregador acidentalmente disparado possam ser de cerca de £ 50.000 (ou quase R$ 300 mil). Por outro lado, ainda há o custo da compensação para às 331 pessoas afetadas diretamente pelo ocorrido, que tiveram seu voo e conexões atrasados ​​em cerca de seis horas.

O mais curioso, e lamentável para o comissário de voo, é que se tratava de sua primeira operação a bordo do A350. A reportagem não detalha, mas presume-se que o profissional trabalhava em outro modelo da frota da empresa, anteriormente.

O caso não é isolado. Em janeiro deste ano, outro comissário que acabara de se formar na escola de treinamento da companhia, foi responsável pelo acionamento de um escorregador de emergência durante o pushback de um Boeing 777 com destino à Nigéria. No mundo todo, são registrados vários casos como esses, resultando em muitos milhares de dólares de perdas para as empresas.

Esse tipo de situação costuma ocorrer depois do pouso de um avião quando a equipe de cabine se esquece de desarmar o escorregador após a chegada, mas também pode ocorrer antes da decolagem, como exemplificam os casos citados acima.

Depois que a escorregadeira se abre, os pilotos imediatamente param a aeronave e solicitam apoio de uma equipe de terra para desinflar o equipamento e providenciar um novo para garantir a segurança do voo.

Para esse caso mais recente, a British Airways emitiu um comunicado de desculpas pelo desconforto causado e os prejuízos a todos os passageiros.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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