A Embraer, gigante brasileira da indústria aeronáutica, estabeleceu como meta potencializar a demanda por aviões narrowbody (aviões com apenas um corredor central) na região da Ásia-Pacífico, incluindo a Malásia, com o intuito de se consolidar como principal player do setor aeroespacial naquela região.
De acordo com a mídia local, citando a Reuters, Raul Villaron, vice-presidente da Embraer para a Ásia-Pacífico, declarou que a empresa está em diálogo constante com várias companhias aéreas regionais, incluindo as sediadas na Malásia, para debater como os aviões E-Jets podem agregar valor às suas malhas aéreas e operações.
Atualmente, a Embraer conta com cerca de 20 operadoras na Ásia-Pacífico, coletivamente operando um número aproximado de 200 E-Jets – aviões com capacidade para entre 70 e 150 passageiros – na região, em países como China, Japão, Austrália, Índia e Vietnã.
A expectativa da fabricante de aviões para 2024 é a entrada no mercado das companhias aéreas Scoot e SKS Airways, de Singapura e Malásia respectivamente, com a operação de suas aeronaves de última geração E190-E2 e E195-E2.
Segundo o executivo, essa versatilidade dos aviões narrowbody (corpo estreito), possibilita às companhias aéreas manter ou expandir suas redes regionais. Por isso, existe um interesse notável desse tipo de aeronave por parte das companhias que operam na região.
No âmbito global, a pressão sobre as operadoras aéreas para observarem seus custos operacionais e de fluxo de caixa tende a aumentar. Uma das alternativas é investir em aviões mais eficientes como o E190-E2 e o E195-E2, que possuem índices de emissão de carbono inferiores quando comparados aos aviões de grande porte.
Para enfrentar os desafios ambientais, a Embraer planeja lançar, em 2026, uma aeronave elétrica de decolagem e pouso vertical com emissão zero, desenvolvida por sua startup EVE.
