A companhia aérea de baixo-custo Transavia, do Grupo Air France-KLM, pode deixar sua terra natal caso uma restrição proposta no Aeroporto de Amsterdã seja efetivada.
A Transavia é uma empresa holandesa e tem uma subsidiária francesa, a Transavia France, mas sua principal operação permanece no Aeroporto de Schiphol, em Amsterdã. Recentemente o governo dos Países Baixos aprovou um novo plano rígido de abatimento de ruído, que limitaria em muito as operações num dos principais hubs da Europa.
Uma primeira medida foi derrubada após pressão dos EUA, já que ela faria perder os slots recém concedidos para a americana JetBlue Airways, violando o acordo de céus abertos entre Washington e a União Europeia.
No entanto, ainda existem planos para que o aeroporto permaneça fechado completamente durante a maior parte do período noturno, e o CEO da Transavia, Marcel de Nooijer, é totalmente contra isto.
Segundo o portal NL Times reporta, o executivo disse à uma rádio holandesa que a proibição de voos da meia-noite até as 6h00 da manhã é dura, e para resolver esta situação está na mesa várias opções, inclusive a mudança de país, e não apenas de aeroporto.
“Não é fácil pegar tudo e se mudar para outro lugar, isto tem grandes consequências, uma delas é o fim de passagens mais baratas que nós ofertamos, prejudicando os consumidores”, afirmou Marcel.
Existe uma batalha legal e política sobre o assunto, já que o Schiphol tem sua importância a nível nacional como entreposto de cargas e pessoas, de maneira similar ao Porto de Roterdã, sendo dois dos grandes motores da economia dos Países Baixos.
