FAA emite DA referente a defeitos nos interruptores dos estabilizadores horizontais do Boeing 767

Imagem: Prefeitura de São José dos Campos

A Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos (EUA) emitiu uma nova Diretiva de Aeronavegabilidade (AD) que aborda os problemas de interruptores manuais inoperantes do estabilizador horizontal em certas aeronaves Boeing 767.

Motivada por relatos de operadores, a diretriz busca abordar condições prejudiciais como “água ou gelo acumulados que danificam o interruptor de limite e módulo transmissor de posição (LSPTM) e gera sinais corrompidos ou incorretos para a tripulação de voo”.

Esta condição pode resultar em “reflexos enganosos da cabine de comando, alta velocidade durante a decolagem ou estol de baixa altitude imediatamente após a decolagem”.

Foi descoberto que os orifícios de drenagem estão bloqueados na seção posterior da fuselagem, o que resulta no acúmulo de água que submerge os três LSPTM. A FAA exige que as empresas aéreas que operam todas as aeronaves 767 efetuem inspeções repetitivas para avaliar fiação elétrica, limpeza de orifícios de drenagem dos LSPTM e aplicar ações sob condição apropriadas.

Além disso, a FAA exige a colocação de dois novos orifícios de drenagem em alguns Boeing 767. A implementação da diretiva resulta em custos para os operadores, com a FAA estimando custos para 63 aeronaves nos EUA totalizando US$ 3.705 por avião.

Entre as partes interessadas que comentaram a respeito da diretiva estão FedEx, Delta Air Lines, UPS e Aviation Partners Boeing (APB), com cada parte agregando seus próprios pontos em discussão.

Por exemplo, a FedEx solicitou um adiamento da diretriz, alegando lutar para inspecionar seu Boeing 767-300F a cada 90 dias antes da aprovação da diretriz, bem como solicitou a revisão do seu intervalo de inspeção de 90 para 225 dias. A UPS pediu a revisão da DA para não exigir os novos furos.

A FAA não acolheu nenhum dos pedidos. Assim, a DA foi adotada conforme proposta original, apenas com “pequenas alterações editoriais” e entrará em vigor em 24 de agosto de 2023.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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