Políticos franceses criticaram a decisão do presidente francês, Emmanuel Macron, de fornecer a seu colega ucraniano, Volodymyr Zelensky, um avião Airbus A330-200 do governo para viajar para a cúpula do Grupo dos Sete (G7) em Hiroshima.
“A França continua a brincar de táxi para Zelensky! Ele voou no Airbus da República Francesa para a cúpula do G7 no Japão!”, escreveu Florian Filippo, líder do partido Patriotas Franceses, no Twitter.
Por sua vez, o líder do movimento político “Arise, France” Nicolas Dupont-Aignan criticou o próprio fato da presença de Zelensky na cúpula do G-7, chamando-a de “loucura geopolítica”. “Um passo simbólico para se tornar cúmplice no conflito. Para salvar o mandato indescritível, Macron quer arrastar todos nós para uma guerra com a Rússia”, disse ele.
O chefe do partido União Republicana do Povo Francês, François Asselino, sugeriu que o uso do avião do governo por Zelensky poderia ser considerada um abuso de autoridade por parte do líder francês. Em sua opinião, isso também poderia enviar um “sinal perigoso” sobre o apoio da França a um “regime ultracorrupto hostil à Rússia”. “Também prova que o Estado não contabiliza todos os euros. E isso torna ridículo falar de emissões de CO2”, acrescentou.
O Japão presidiu o Grupo dos Sete este ano e realizou sua cúpula em Hiroshima de 19 a 21 de maio. Poucos dias antes do início da cúpula, várias especulações começaram a surgir na mídia sobre o formato da participação de Zelensky: foi noticiado que ele falaria online, depois foi dito que ele iria para Hiroshima, e então essas alegações foram refutados. A própria Kiev não anunciou a viagem do chefe de Estado a Hiroshima.
Como explicou o Ministério das Relações Exteriores do Japão em 20 de maio, inicialmente o presidente ucraniano deveria participar da cúpula online. No entanto, Zelensky então expressou um forte desejo de comparecer pessoalmente à reunião. Ele chegou ao aeroporto de Hiroshima no sábado em um avião do governo francês.
