Quem nunca ouviu, ou até disse, o célebre ditado: “que seja eterno enquanto dure”? Pois parece que a relação de “amor” entre o aeroporto RIOgaleão e a Itapemirim Transportes Aéreos foi parar na justiça, após um calote por parte da empresa aérea.
E, se lá no início das operações as palavras de uma para outra eram doces, o final pode ser amargo e poderá ser definido na justiça. Isso porque, como reportou a jornalista Solange Galante, em seu Blog Caixa Preta da Solange, a Concessionária que administra o aeroporto carioca abriu o processo judicial de número 1000747-55.2022.8.26.0100, na 28ª Vara Cível, pelo pagamento de exatos R$ 1.287.414,36 devidos pela empresa aérea por serviços prestados no aeroporto.
O fato é que o processo da Itapemirim é crítico, já que até o momento a companhia não esboçou reação à suspensão de suas operações aéreas em 17 de dezembro, levando o mercado a um clima de desconfiança cada vez mais. A notícia é a de que a empresa não estaria honrando seus acordos:
– com clientes: o suporte aos clientes afetados não estariam sendo cumpridos, de modo que os Procons de SP e RJ autuaram a empresa com multas de R$ 11 milhões e R$ 12 milhões, respectivamente.
– com funcionários: o Sindicato dos Aeronautas segue com três ações judiciais em aberto, já que a Itapemirim segue com atrasos em suas obrigações para com sua equipe.
– com parceiros de negócios: além das crescentes ações judiciais iniciadas por fornecedores, como a supracitada, a empresa também enfrenta pedidos de devolução de aeronaves pelos seus lessores.
Dito isto, é natural que o mercado entenda como muito difícil um retorno da Itapemirim, salvo numa situação em que um novo investidor entre no negócio como “salvador da pátria”. Enquanto isso, quem ainda tem algo a receber tenta correr, pois há outro ditado que diz que “passarinho que acorda cedo bebe água limpa”.
