A companhia aérea estatal TAAG Angola Airlines deve ser novamente preparada para ser privatizada, agora com uma data esperada de 2025, de acordo com o seu diretor-geral, Eduardo Fairen, em entrevista à Agência EFE. O tema da privatização da TAAG é assunto recorrente no governo há muitos anos, mas jamais avançou.
Como cita o Aviacionline, desta vez, a ideia do governo angolano é que o processo termine antes que o país entre no Mercado Único de Transporte Aéreo Africano (SAATM). No entanto, até agora nenhum processo formal foi iniciado e nenhuma conversa com potenciais licitantes prosperou.
Sem moleza
Há apenas manifestações de interesse por parte de algumas empresas que querem ficar com parte do capital. A administração nacional, no entanto, mantém seu objetivo de concluir a privatização antes da liberalização de todo o mercado de aviação comercial no país do sudoeste africano.
Na prática, a TAAG já opera com condições semelhantes às das companhias aéreas privadas. Não goza, por exemplo, de privilégios relacionado com a compra de combustíveis, apesar de Angola ser um grande produtor de petróleo e grande parte das receitas do Estado provir da exportação de petróleo bruto.
Tentativa anterior
Em 2020, o Ministério dos Transportes havia comunicado que a privatização deveria ser concluída em 2022. Naquela época, preparava-se para iniciar um processo de reestruturação dividido em duas etapas: uma primeira voltada para a despoluição da economia da empresa e uma segunda voltada para a na sua recapitalização.
Embora os prazos inicialmente previstos não tenham sido cumpridos, a empresa mantém planos de expansão e modernização de sua frota. A partir de 27 de junho, voltará a oferecer ligações entre Luanda e Madrid. A TAAG manteve voos regulares entre as duas capitais entre 2011 e 2016, altura em que cessou as operações devido à baixa procura. Desta forma, Espanha voltará a ser o segundo país europeu servido pela companhia aérea, depois de Portugal, com quem Angola mantém fortes laços históricos e culturais.
Segundo relatos, a empresa estaria interessada em incorporar entre seis e dez aeronaves de corredor único e seis aeronaves de fuselagem larga para substituir as unidades mais antigas da frota, que se tornariam cargueiros.