Governo quer usar helicópteros civis para entregar alimentos para índios Yanomami

A Força Aérea Brasileira deverá parar em breve o apoio logístico no Território Indígena Yanonami e o governo quer que civis assumam o trabalho.

Divulgação – Lockheed Martin

Hoje o apoio logístico para combater a crise humanitária no Território Yanonami é feito pela FAB, que também tem feito o controle do espaço aéreo da área para evitar voos de aeronaves de garimpo.

Porém, por não ser a sua finalidade, já que é uma Força Aérea e não uma Guarda Aérea Nacional, a FAB tem cobrado R$1,6 milhões de reais da FUNAI para fazer o transporte de cestas básicas de alimento e outros insumos, e não executou as tarefas no segundo semestre exatamente por precisar do equipamento e pessoal para suas missões em outras áreas do país.

Ficou acordado que a FAB fará o transporte das cestas que estão no depósito da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) em Boa Vista, Roraima, até o final de março, segundo informa a presidente interina da Funai, Lucia Alberta, para o jornal Folha de São Paulo.

De abril em diante a entrega será a cargo de uma empresa contratada pela Funai e pelo Ministério dos Povos Indígenas. O jornal informa que o foco será para contratar helicópteros grandes, do modelo Blackhawk ou similar, sendo a segunda opção o uso de aviões (aeronaves de asa fixa).

O Blackhawk é um famoso helicóptero militar fabricado pela Sikorsky, hoje parte da gigante de defesa americana Lockheed Martin. A sua versão civil, a S-70i, é oferecida mas não é operada por nenhuma empresa no Brasil.

De porte similar ao Blackhawk, hoje o Brasil conta com helicópteros civis Airbus H175, H225 Super Puma e Leonardo AW189, com algumas unidades destas aeronaves operando na Amazônia em missões de apoio à exploração de petróleo e de energia.

O uso de aeronaves de asa rotativa é preferido dado o fato de que muitas aldeias são distantes de pistas de pouso, que também são mantidas de maneira precária e por questão de segurança pode ocorrer uma recusa por parte das empresas aéreas de operarem nestes locais, mesmo com aviões monomotores pequenos.

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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