O Ministro da Economia, Fernando Haddad, disse que o governo não vê motivos para as passagens aéreas aumentarem devido ao preço do querosene de aviação.
Após o adiamento e possível cancelamento do início do Programa Voa Brasil, que prevê passagens por R$200 em voos domésticos, o Ministro foi perguntado sobre a possível contrapartida do governo federal.
As aéreas tem pressionado o governo a reduzir o valor do querosene de aviação, que abastece os aviões turboélices e turbojatos, como uma das contrapartidas para adesão ao Voa Brasil, junto também de uma linha de crédito para o setor.
No entanto, o governo não tem tantas possibilidades de redução, como a Petrobrás indicou anteriormente que já está praticando o menor preço possível, e agora isso foi reforçado por Haddad: “Vamos esclarecer que o preço do querosene caiu durante o nosso governo. O preço do querosene não pode ser justificativa para aumento do custo de passagem aérea”.
Segundo o Ministro disse à Folha de São Paulo, a possível ajuda através de crédito não usará recursos do tesouro nacional e “não vai envolver despesa primária”, indicando que o governo quer começar o ano sem comprometer a meta de zerar o déficit fiscal ainda em 2024.
Haddad confirmou a intenção do governo de usar o Fundo Nacional de Aviação Civil, recolhido através de taxas cobradas do setor, e que até o final do mês pode surgir uma proposta para as aéreas, mas nada definido ou com prazo estipulado.
