Um homem sul-africano, identificado como Gumede Sthembiso Joel, de 33 anos, foi condenado a dois anos de detenção após ser flagrado no Aeroporto Changi de Singapura tentando contrabandear 34,7 kg de chifres de rinoceronte para o Laos. Joel confessou ser responsável pelo transporte de 18 chifres de rinoceronte-branco e dois de rinoceronte-negro e foi sentenciado em 26 de janeiro de 2024.
Essa representa a sentença mais pesada já aplicada por contrabando de partes de vida selvagem em Singapura e reflete a tolerância zero do país para tal atividade ilegal. Estima-se que os chifres valham cerca de 9 milhões de dólares no mercado negro.
Joel foi detido no aeroporto em 4 de outubro de 2022, após os funcionários de segurança examinarem duas de suas malas e notarem itens com formato de chifres em duas caixas. Após ser localizado no aeroporto, foi escoltado para uma sala de inspeção onde as bagagens foram abertas e ele, consequentemente, preso.
O homem de 33 anos havia chegado a Singapura mais cedo naquele dia em um voo da Singapore Airlines vindo da África do Sul. Ele tinha planos de pegar um voo de conexão para Vientiane para se encontrar com um contato.
A organização governamental Parques Nacionais, juntamente com o Departamento de Assuntos Comerciais da Polícia de Singapura e a INTERPOL, enviou agentes para a África do Sul para realizar investigações adicionais e coletar evidências.
Os rinocerontes são protegidos pela Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Selvagens (CITES), da qual Singapura é signatária. O comércio internacional de chifres de rinoceronte é proibido.
“O NParks adota uma abordagem multifacetada para atuar contra o comércio ilegal de animais selvagens, incluindo a colaboração com agências parceiras para manter a vigilância e realizar ações de execução, além de introduzir penalidades mais severas para o comércio ilegal de espécies protegidas pelo CITES”, declarou o Parque Nacional.
Atualmente, existem apenas cinco espécies de rinocerontes vivos no mundo, sendo três delas classificadas como criticamente ameaçadas na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN.