Índia comprará 15 aeronaves de patrulha marítima Airbus C295

C295 da Força Aérea Espanhola

O Governo da Índia deu um passo significativo em direção ao fortalecimento de suas capacidades de defesa marítima, com a aprovação inicial para a compra de 15 aeronaves Airbus Defence and Space C295.

Essas aeronaves serão destinadas tanto à Marinha quanto à Guarda Costeira Indiana, visando melhorar a vigilância e a resposta a possíveis ameaças em suas extensas águas territoriais, informa o Aviacionline.

A decisão foi tomada pelo Conselho de Aquisição de Defesa, como parte de um programa mais amplo de modernização militar e atualização de equipamentos. Embora os detalhes específicos ainda sejam limitados, informações indicam que nove dessas aeronaves serão da versão MPA (Patrulha Marítima Multimissão) com capacidade antissubmarino (ASW), destinadas à Marinha, enquanto as seis restantes serão da versão VIGMA, designadas para a Guarda Costeira.

As aeronaves C295 são semelhantes em capacidade às adquiridas recentemente pelo governo espanhol e estão projetadas para uma variedade de missões, incluindo patrulha marítima, vigilância, reconhecimento, busca e salvamento, além de possuírem capacidades de guerra antissubmarino e anti-superfície. A incorporação dessas aeronaves na frota militar e da Guarda Costeira indiana fortalecerá consideravelmente suas capacidades operacionais em uma região geopoliticamente sensível.

Além disso, como parte da política “Make in India”, os aviões serão equipados com uma série de componentes fabricados localmente, incluindo sensores, aviônicos e armamentos. Isso não apenas impulsionará a indústria aeroespacial doméstica, mas também contribuirá para a transferência de tecnologia e o desenvolvimento de capacidades de fabricação no país.

A iniciativa também tem implicações estratégicas mais amplas, não apenas fortalecendo a capacidade de defesa da Índia, mas também destacando sua crescente importância como parceiro regional em questões de segurança marítima. Além disso, a cooperação com empresas estrangeiras como a Airbus destaca a natureza globalizada da indústria de defesa e a interconexão das economias e interesses geopolíticos.

No entanto, como em qualquer grande projeto de aquisição militar, questões como custo, eficácia operacional e transparência na implementação serão acompanhadas de perto pela opinião pública e pelos órgãos de controle governamentais. Afinal, o objetivo final é garantir que essas aeronaves contribuam efetivamente para a segurança nacional e a proteção dos interesses marítimos indianos, enquanto respeitam os princípios de responsabilidade financeira e governança eficaz.

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Juliano Gianotto
Juliano Gianotto
Ativo no Plane Spotting e aficionado pelo mundo aeronáutico, com ênfase em aviação militar, atualmente trabalha no ramo de fotografia profissional.

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