Algumas companhias aéreas que operam no Aeroporto de Londres tiveram problemas com decolagens rejeitadas, além de outros incidentes após infestações de insetos, que incluem vespas e abelhas, nos tubos de pitot, um importante sensor que mede a velocidade do avião pelo impacto do ar.
Entre 9 de junho de 2021 e 19 de julho de 2021, várias aeronaves sofreram eventos anormais relacionados ao pitot, dois dos quais resultaram em decolagens rejeitadas. Uma investigação da Agência de Investigação de Acidentes Aéreos (AAIB) do Reino Unido (UK identificou a causa como sendo a atividade de nidificação de insetos dentro dos tubos.
Três destes incidentes foram relatados aqui no AEROIN, nos quais as aeronaves apresentaram os tubos de pitot bloqueados, que resultaram em discrepâncias de velocidade e necessidade de ações das tripulações.
Com a pandemia, diversas aeronaves tiveram que ficar por um longo período em solo e, com isso, conforme aponta o relatório da AAIB, criaram uma oportunidade atraente para os insetos, já que as sondas são um local de ideal para a construção de ninhos.
Apesar da questão ligando insetos com o bloqueio das sondas não ser assunto novo, o que chama a atenção é a recorrência dos eventos em um curto período de tempo. O relatório aponta que menos movimentos de aeronaves, menos tráfego rodoviário ao redor do aeroporto e um corte geral na atividade humana resultaram em uma diminuição no dióxido de nitrogênio, mas um aumento no ozônio ao nível do solo, o que atrai os insetos para o aeroporto.
De acordo com o site alemão aeroTELEGRAPH, 8 aeronaves da British Airways e Virgin Atalntic, incluindo Boeing 777, Airbus A319, Airbus A330, Boeing 787 e Airbus A320 tiveram decolagens rejeitadas no período referido.
Alerta para as companhias aéreas
A AAIB disse que o alto nível de atividade de insetos em 2021 pode levar a um maior número de insetos na primavera de 2022, então o risco de mais bloqueios de sondas pode ser significativo.
Tanto o aeroporto de Heathrow, em Londres, quanto as companhias aéreas afetadas, tomaram medidas para reduzir o risco de recorrência do problema, como aumentar a frequência das inspeções, além de emitir alerta para as empresas e se precaver usando proteções nos tubos de pitot.
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