Na semana passada, o jornal Times of Israel reportou sobre o desafio das companhias iranianas de conseguir peças de reposição para suas aeronaves, a ponto de deixar metade da frota do país no chão. Como resultado disso, o chefe da aviação civil do Irã disse que o país vai prosseguir com seu processo legal contra os fabricantes de aviões Airbus e ATR por não cumprirem com os respectivos contratos.
Tais acordos preveem que as fabricantes devem prover peças de reposição para as companhias aéreas iranianas, mas elas não estão fazendo isso por causa das sanções americanas. O contrato entre as montadoras de aeronaves e as companhias do Irã foram firmados no curto espaço de tempo dentre a queda das sanções durante o governo Obama e a sua reimposição por Donald Trump.
Se negociarem com o Irã, as fabricantes podem ser duramente punidas pelos Estados Unidos, perdendo negócios e fornecedores vitais para sua produção. Por conta disso, Airbus e ATR preferem descumprir o contrato com o Irã, mas não ver suas relações com os EUA afetadas.
“Estamos protestando contra essa (decisão) e seguiremos com o caso legal, já que sempre que a questão é levantada, eles atribuem isso às sanções (dos EUA)”, disse Mohammadi Bakhsh, citado pela agência de notícias ILNA.
As peças sobressalentes são necessárias para manter e consertar os aviões das frotas das empresas do Irã. Bakhsh disse que a Airbus e a ATR deveriam tratar a questão das peças sobressalentes de uma maneira diferente das entregas de aviões, já que ele insistiu que o não fornecimento das peças poderia causar grandes incidentes no setor da aviação civil iraniana.
“A Airbus e a ATR nunca devem usar a vida das pessoas como pretexto para cumprir as questões de sanção”, disse ele, acrescentando que o Irã seguirá com o processo judicial contra as duas empresas.
