A Southwest Airlines teve uma decisão judicial desfavorável recentemente, em que foi condenada a fornecer treinamento de 8 horas sobre liberdade religiosa a três de seus principais advogados. O treinamento será conduzido pelo grupo Alliance Defending Freedom (ADF), um grupo de defesa cristão conservador com sede em Arizona que se opõe aos direitos LGBTQ e ao aborto.
Como reportou a rede americana NBC, o caso estava em andamento há algum tempo, movido pela ex-comissária de bordo Charlene Carter, que diz ter sido demitida da Southwest em 2017 após expressar suas crenças religiosas sobre o aborto nas redes sociais.
A Southwest afirmou ter demitido Carter por violar as regras de civilidade e política de mídia social.
Em tribunais federais, o júri concluiu que a Southwest violou os direitos civis de Carter e determinou que ela deveria ser recontratada com antiguidade e benefícios totais. Além disso, o juiz Brantley Starr também determinou que a Southwest informasse a seus comissários de bordo que não é permitida a discriminação.
No entanto, o que a Southwest na verdade informou a seus tripulantes foi um memorando solicitando que eles cumpram as políticas da companhia aérea que levaram a demissão de Carter. O juiz Starr viu que essa mensagem não cumpria exatamente a ordem judicial para dizer que não é permitida a discriminação. Por esse motivo, ordenou que três dos principais advogados da aérea frequentassem o treinamento religioso, que é supervisionado pela ADF.
A ADF é conhecida por seu envolvimento em muitos casos legais e por sua posição contrária à igualdade LGBTQ e aos direitos ao aborto. Também será responsável por escrever o memorando final que a Southwest enviará a seus comissários de bordo. Após o treinamento, a Southwest enviará uma nova notificação aos tripulantes, dizendo que a legislação federal protege o direito de expressar suas crenças religiosas.
A companhia aérea ainda está recorrendo da decisão e alega que a demissão de Carter foi justificada.