Apesar dos recentes problemas que deixaram paralisados os novos jatos da Embraer, a KLM os usa como parte de uma proposta contra o governo. A companhia aérea de bandeira dos Países Baixos tem hoje a maioria dos jatos Embraer E195-E2 da subsidiária KLM Cityhopper parados por problemas nos motores Pratt & Whitney.
Apesar dessa “baixa”, a KLM os colocou como uma das peças da contraproposta que foi enviada ao governo holandês, que decretou reduções drásticas de operações no Aeroporto Schiphol, em Amsterdã, muitas delas de maneira arbitrária e que foram classificadas como uma “pouca vergonha” pelo Chefe da Associação Internacional do Transporte Aéreo, Willie Walsh, semanas atrás.
O governo local quer que o ruído dos voos seja reduzido em 15% durante a noite e 20% durante o dia já no próximo ano. Para atingir tal meta, as companhias aéreas precisariam cortar voos, já que não teriam um prazo adequado para fazerem as mudanças necessárias na frota para redução efetiva de ruído.
A proposta da KLM quer uma redução maior, com menos prejuízo para a sociedade com menor redução de voos, mas também num prazo maior. “O dinheiro que estamos ganhando hoje será investido amanhã para aeronaves mais eficientes, menos poluentes e mais silenciosas, serão investimentos de €6 a €7 bilhões de euros nos próximos anos”, afirmou a empresa.
Os jatos Embraer E2 são citados diretamente no infográfico abaixo, que também fala do Boeing 737 MAX e do Airbus A320neo, que serão substitutos dos atuais 737-700/800/900 da companhia, mas que ainda não foram comprados.
A proposta engloba também as companhias subsidiárias Transavia e Martinair, mas também as concorrentes EasyJet, TUI e Corendon. Um dos pontos é usar os aviões mais novos como o E195-E2 de maneira prioritária nos voos noturnos, além de ter uma cobrança extra na operação de jatos de antiga geração.
A proposta será levada ao governo holandês, mas não existem garantias que a decisão atual seja modificada.
