Líder sindical critica regras da empresa aérea de David Neeleman e diz que elas são dos anos 1950

Divulgação – Breeze Airways

A líder sindical dos comissários de bordo, Sara Nelson (também conhecida como a comissária de voo mais poderosa do mundo), que está tentando criar um sindicato na startup de David Neeleman, a Breeze Airways, usou as redes sociais para criticar o manual dos funcionários da companhia aérea, alegando ser antiquado e desatualizado. Ela comparou a política de conflito de interesses a um “programa de gravidez e peso” de 1952.

Aparentemente, o documento começa de forma inofensiva: “Os membros da equipe devem evitar situações que criem um conflito de interesses com seu emprego na Breeze. Um conflito de interesse ocorre quando um membro da equipe se envolve pessoalmente fora do local de trabalho com um concorrente, fornecedor ou membro subordinado da equipe da empresa de uma maneira que interfira na capacidade do membro da equipe de desempenhar suas funções de trabalho ou de exercer julgamento independente em nome da empresa, e onde o conflito constitui uma interrupção das operações da empresa ou pode levar a acusações de favoritismo. O envolvimento em um conflito de interesse pode resultar em ação disciplinar, incluindo até a demissão.”

A seguir, as diretrizes são embasadas na legislação básica sobre assédio sexual: não se envolva romanticamente com um subordinado ou supervisor. Essas situações podem acarretar responsabilidades para a empresa, portanto são obrigadas a proibi-las. O que é interessante na política é que ela também diz “isso inclui casos de liderança temporária, como piloto no comando ou outro papel de liderança”.

Finalmente, “os membros da equipe em tempo integral não podem ter um segundo emprego enquanto estiverem empregados na Breeze” sem permissão por escrito, e não podem tirar uma licença do trabalho para conseguir outro emprego.

Os sindicatos ganharam destaque durante a Revolução Industrial, destacando jornadas de trabalho excessivamente longas e condições de vida ameaçadoras devido a maquinários perigosos. As regras da Breeze não parecem tão rocambolescas como diz a líder sindical.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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