Em negociações avançadas com o governo italiano, a Lufthansa já tem uma estratégia traçada para o Aeroporto de Roma com a ITA Airways.
A estatal italiana renascida da antiga Alitalia já foi criada com o intuito de ser privatizada, e é esperado que esse processo seja concluído neste ano. O Grupo Lufthansa é o que está mais à frente nas negociações.
O conglomerado alemão já é dono da Austrian Airlines da Áustria, das alemãs Eurowings e Lufthansa, da Brussels Airlines da Bélgica, da Swiss da Suíça, além da Air Dolomiti da própria Itália.
Em entrevista coletiva, o CEO da Lufthansa, Carsten Spohr, afirmou que a empresa está diante do seu verão mais lucrativo, que começa já no mês que vem, e com números preliminares maiores que de 2019, antes da Pandemia.
Com a chegada da ITA no portfólio do grupo, a operação de verão pode ser expandida com a utilização do hub de Roma da companhia italiana. “Nós não temos um hub voltado para o sul comparado com outros competidores europeus, especialmente para o mercado crescente de O&D da África e América Latina”, afirmou o CEO.
O termo O&D significa Origin and Destination, que se refere aos passageiros que não fazem conexão no seu país de origem e nem no destino. Um exemplo é de um paulista que quer ir para Roma e pega o voo direto da ITA.
Spohr também destacou que os concorrentes europeus utilizam hubs mais ao sul, como Madri da Iberia e Lisboa da TAP, para distribuir os passageiros latinos e africanos pelo continente europeu, mas, nada além disso. Já o Grupo Lufthansa tem o complemento do forte tráfego para a Ásia, principalmente a partir do seu hub em Frankfurt.
Lufthansa’s Spohr spoke to the role ITA’s Rome hub could play in the group’s network.
— Edward Russell (@ByERussell) May 3, 2023
“We are missing a southern hub compared to our European competitors, especially for the growing — the O&D traffic in and out of Africa and Latin America.”