Mais uma comissária de voo, desta vez uma ex-miss, usou de benefício da profissão para levar dinheiro do tráfico de drogas

Imagem ilustrativa – Fonte: Encrier, via Depositphotos

Mais uma comissária de bordo foi acusada de contrabandear centenas de milhares de dólares para fora dos Estados Unidos a mando de um cartel de drogas mexicano. No caso mais recente, Glenis Zapata, de 34 anos, ex-miss Indiana Latina de 2011, foi acusada de usar seu status como comissária de bordo para transportar os lucros do tráfico de drogas em voos comerciais do Meio-Oeste para o sul dos Estados Unidos e México.

Os promotores alegam que Zapata se aproveitou de seu status de ‘tripulante conhecida’, que lhe permitia contornar as verificações normais de segurança da TSA, para contrabandear pelo menos US$ 310.000 (ou cerca de R$ 1,6 milhão, na cotação atual) para fora dos Estados Unidos, informou o Paddle Your Own Kanoo.

Os investigadores citam pelo menos duas quantias transportadas por ela: US$ 170 mil, no dia 7 de agosto de 2019, e outros US$ 140 mil, em 10 de setembro de 2019. A ex-miss está na lista de 18 suspeitos presos em uma operação de repressão a drogas, entre eles, a sua irmã, Illenis Zapata, e Oswaldo Espinosa, que seria o chefe de um cartel mexicano, conhecido como Espinosa DTO.

O Programa de Tripulantes Conhecidos (Known Crewmember Program – KCM) concede a pilotos e comissários de bordo dos EUA privilégios de segurança especiais, permitindo-lhes passar pelos pontos de controle de segurança da TSA nos aeroportos sem precisar colocar suas bagagens na máquina de raios-x.

Neste caso, alega-se que Zapata utilizou deste benefício para desempenhar um pequeno papel em uma conspiração de contrabando muito maior, que também usava caminhões semi-reboque e até mesmo um avião fretado particular para contrabandear milhares de quilos de cocaína para os Estados Unidos e lavar de país dezenas de milhões de dólares em lucros.

No início deste mês, outros quatro comissários de bordo foram acusados de contrabandear até US$ 8 milhões em dinheiro de drogas dos Estados Unidos para a República Dominicana ao longo de um período de sete anos, após uma grande investigação do Homeland Security Investigations.

Nesse caso, os comissários de bordo também usaram seu status KCM para contrabandear dezenas de milhares de dólares em lucros do tráfico de drogas de uma vez em suas bagagens de mão através dos pontos de controle da TSA sem serem parados.

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Juliano Gianotto
Juliano Gianotto
Ativo no Plane Spotting e aficionado pelo mundo aeronáutico, com ênfase em aviação militar, atualmente trabalha no ramo de fotografia profissional.

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