Mais uma pista de pouso está sendo recuperada pelas Forças Armadas na fronteira norte do Brasil, em Auaris

Imagem: Força Aérea Brasileira

Após os trabalhos de recuperação da pista de pouso e decolagem do Quarto Pelotão Especial de Fronteira (4º PEF), do Exército Brasileiro (EB), localizado na região de Surucucu (RR), os desafios não param nestes quase quatro meses de Operação Yanomami, e mais uma pista agora passa a receber intervenções:

Uma das principais complexidades da região é o acesso às aldeias indígenas localizadas na vasta Floresta Amazônica. Assim como em Surucucu, nessa localidade o único meio de acesso também é o aéreo.

E para minimizar parte desse obstáculo, militares das Forças Armadas agora trabalham para concluir a reforma da pista de pouso e decolagem do Quinto Pelotão Especial de Fronteira (5º PEF), localizado em Auaris, a 445 quilômetros de Boa Vista (RR).

A obra de recuperação da pista em Auaris conta com o apoio da Comissão de Aeroportos da Região Amazônica (COMARA), da Força Aérea Brasileira (FAB), e do Sexto Batalhão de Engenharia de Construção (6º BEC), do Exército. Além disso, helicópteros das três Forças fazem o transporte diário de massa asfáltica da Base Aérea de Boa Vista (BABV) até a localidade. O objetivo é aumentar a capacidade de suprir a população indígena da região, como também de prover o 5º PEF.

Segundo o Capitão Engenheiro Rafael Marques Alves, da COMARA, com a conclusão do reparo da pista, as Forças Armadas e outros órgãos públicos federais poderão atuar com mais agilidade e de forma mais econômica para atender os Yanomamis da localidade.

“Assim, ficará mais fácil o transporte de cestas básicas, medicamentos e outros suprimentos, e aumentará a capacidade de realizar as Evacuações Aeromédicas e os transportes Aéreo Logísticos”, explicou.

De acordo com Sargento Técnico em Edificações Alexandre de Melo Lacerda, do 6º BEC, a reforma é crucial para que a pista possa permitir o pouso e a decolagem de aeronaves mais econômicas, como o C-98 Caravan.

“O Batalhão atua na manutenção emergencial de forma a considerar um pouso com segurança de uma aeronave de asa fixa, de forma que possa suprir a necessidade tanto do 5º PEF quanto dos indígenas da região”, frisou.

Em Auaris, uma peça fundamental para o êxito de diversas ações da Operação Yanomami é o 5º Pelotão Especial de Fronteira. Além da missão de proteção e defesa das fronteiras, o Pelotão tem atuado no combate ao garimpo ilegal e no enfrentamento da emergência em saúde pública na Terra Indígena Yanomami.

Murilo Basseto
Murilo Bassetohttp://aeroin.net
Formado em Engenharia Mecânica e com Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção Aeronáutica, possui mais de 6 anos de experiência na área controle técnico de manutenção aeronáutica.

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