Membros da FAB e do CENSIPAM estão na Itália para revolucionar a detecção de alvos na região amazônica

Imagem meramente ilustrativa

A Força Aérea Brasileira (FAB) informa hoje, 7 de outubro, que um grupo de oito brasileiros, composto por seis membros da FAB e dois do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM), participam, desde o dia 25 de setembro, de uma missão de capacitação na cidade de Roma, na Itália.

Eles estão imersos em um curso de análise de Imagem de Radar de Abertura Sintética (SAR – Synthetic Aperture Radar), uma tecnologia que promete revolucionar a detecção de alvos na região amazônica.

O grupo, que faz parte do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), está envolvido em pesquisas visando desenvolver uma inteligência artificial capaz de identificar alvos usando imagens SAR. O ponto de partida desse estudo é o combate ao garimpo ilegal na Amazônia, um problema ambiental grave que requer soluções inovadoras.

Imagem: Major Aviador Damasceno / COMAE
Imagem: Major Aviador Damasceno / COMAE

Durante a missão, os militares brasileiros contam com a experiência da empresa italiana Telespazio, uma referência mundial na área de sensoriamento SAR. Além disso, eles têm acesso aos recursos da E-Geos, uma empresa parceira especializada em geoinformação e soluções geoespaciais.

As imagens provenientes de satélite Radar de Abertura Sintética oferecem uma vantagem significativa na detecção de alvos, pois são capazes de capturar informações mesmo sob cobertura de nuvens, algo impossível para as imagens ópticas efetivamente. Isso é particularmente importante no monitoramento da região Amazônica, que frequentemente sofre com condições climáticas adversas e cobertura de nuvens.

“Esta iniciativa representa um esforço significativo das Forças Armadas Brasileiras e do CENSIPAM para enfrentar os desafios ambientais e de segurança na Amazônia, utilizando tecnologia de ponta e cooperação internacional. A missão destes militares em Roma representa um passo importante na busca por soluções eficazes para proteger e preservar essa região crucial para o planeta”, afirmou o Comandante do COMAE, Tenente-Brigadeiro do Ar Hudson Costa Potiguara.

Entre os principais tópicos que estão sendo abordados durante o curso, destacam-se: a detecção de mudanças; a identificação de desmatamento; o apoio a operações em desastres naturais; e a identificação de atividades terrestres e navais.

Os militares brasileiros têm a oportunidade de explorar as aplicações práticas desses conhecimentos em um cenário complexo, como a região Amazônica.

Murilo Basseto
Murilo Bassetohttp://aeroin.net
Formado em Engenharia Mecânica e com Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção Aeronáutica, possui mais de 6 anos de experiência na área controle técnico de manutenção aeronáutica.

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