Uma confusão está acontecendo no principal aeroporto da Copa do Mundo após cancelamento de voos para o Marrocos.
O desempenho histórico da Seleção do Marrocos, a primeira africana e a primeira árabe a chegar nas semifinais de uma Copa do Mundo, fez com que milhares de torcedores decidissem ir de última hora para o Catar.
O “boom” de demanda foi acompanhado por vários voos extras da Royal Air Maroc, empresa de bandeira do Marrocos, que fez uma verdadeira ponte aérea para Doha. No entanto, no calor da emoção, esqueceram de um detalhe essencial e a empresa foi punida por isso.
Como noticiado aqui, durante a Copa do Mundo, apenas tem sido possível desembarcar no Catar os turistas que tiverem uma autorização especial para o torneio, numa medida tomada por causa do tamanho do país e para não congestionar ainda mais o aeroporto de Doha, que está operando em sua capacidade máxima.
Inicialmente, apenas quem tinha um ingresso poderia entrar, depois a regra foi flexibilizada e passou a ser permitida a entrada, desde que o viajante tivesse uma autorização especial. No entanto, ao vender as passagens para torcedores, grupos e agências, a Royal Air Maroc aparentemente não avisou deste detalhe, que também não foi cobrado durante o check-in ou embarque.
Sendo assim, os passageiros embarcaram sem a autorização e sem ingresso, alguns com a promessa de agências que iriam ter os bilhetes entregues no desembarque em Doha, e outros que iriam tentar a sorte de comprar de outros torcedores ou até mesmo de cambistas.
Chegando em Doha, todos estes torcedores tiveram a entrada negada e ficaram no aeroporto mesmo. Assim, como foram milhares de casos, o Catar decidiu punir a Royal Air Maroc, proibindo os voos dela no próximo dia.
Com isso, criou-se outro problema: os passageiros não conseguem ir embora e também não podem entrar.
Segundo um torcedor marroquino disse à Al Jazeera, em torno de 95% dos seus compatriotas foram para o Catar sem ingressos em mãos. O Aeroporto de Doha pediu para que ninguém viajasse para lá sem os bilhetes e que o local não é um ponto de venda oficial da Copa do Mundo. Até o momento uma solução está sendo buscada e os torcedores podem continuar presos no Catar até o final do torneio, no domingo.
