Na manhã da última quarta-feira (14), as Forças Armadas iniciaram, no âmbito da Operação Ágata Fronteira Norte, a mobilização de militares da Marinha do Brasil (MB) e do Exército Brasileiro (EB), por meio de aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB), para a execução de ações preventivas e repressivas no combate à prática de mineração ilegal na Terra Indígena Yanomami (TIY).
De acordo com a FAB, seus helicópteros transportaram as tropas armadas para locais estratégicos situados na faixa de fronteira dentro da TIY. Um dos objetivos é intensificar a presença do Estado, auxiliando os agentes da Polícia Federal (PF) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (IBAMA) na inutilização dos acampamentos que ainda possam ser usados como base de apoio ao garimpo ilegal na maior reserva indígena do país.
O General de Exército Costa Neves, Comandante da Operação Ágata Fronteira Norte, falou sobre a nova fase que foi iniciada: “Nós aumentamos significativamente o efetivo que temos aqui, de forma que tenhamos poder de combate e a capacidade de nos fazermos presentes na Terra Indígena, garantindo a estabilidade na região e combatendo os delitos e os crimes ambientais”.
As Operações Ágata
A primeira Operação Ágata foi uma ação conjunta entre as Forças Armadas brasileiras e os órgãos de segurança e fiscalização para intensificar o combate a crimes transfronteiriços, nas regiões limítrofes com Argentina, Paraguai e Bolívia, em 2011. A partir de então, a Operação Ágata tornou-se periódica, com a realização de operações subsequentes que ampliaram o escopo e a abrangência das ações, envolvendo cada vez mais recursos e parceiros, incluindo órgãos de segurança e fiscalização do Brasil e de outros países da América do Sul.
Desde a sua primeira edição, a Operação Ágata tem desempenhado um papel importante no fortalecimento da segurança nas fronteiras do Brasil e no combate ao crime organizado transnacional. Atualmente, a Operação Ágata Fronteira Norte tem como um dos principais objetivos estabilizar a faixa de fronteira na TIY a fim de permitir que os órgãos e agências tenham liberdade para executar suas ações.
Transição
Além do caráter coercitivo, a Operação Ágata Fronteira Norte dará continuidade às ações humanitárias, iniciadas na Operação Yanomami, para o enfrentamento da crise de saúde pública que afetou a população indígena em Roraima. Juntas, as duas Operações já distribuíram mais de 500 toneladas de mantimentos, correspondente a cerca de 23.200 cestas básicas e realizaram mais de 2.100 atendimentos médicos por meio do Hospital de Campanha (HCAMP) da FAB e de ações de evacuação aeromédicas.
Informações da Força Aérea Brasileira
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