Neeleman diz por que não escolheu jatos Embraer E2 para a futura frota da Breeze

Imagem: Airbus

Em plena pandemia, o “meio americano, meio brasileiro” David Neeleman, um empreendedor em série do setor aéreo e conhecido em todo o mundo, iniciou o desenvolvimento de um novo projeto, que viria resultar na criação e decolagem da Breeze Airways que, segundo ele, “não tem concorrentes”.

A estratégia de Neeleman é simples: usar jatos regionais confiáveis para ligar cidades em rotas que nenhuma outra empresa aérea atende. Para tanto, ele conta com jatos Embraer E190-E1 e com Airbus A220, mas os aviões brasileiros devem desaparecer da frota num futuro distante, na medida em que os novos jatos da Airbus chegarem.

Indagado por Stephen Eiselin, do aeroTELEGRAPH sobre ter escolhido o Airbus A220 e não o Embraer E2, apesar de “ter o passaporte brasileiro”, Neeleman respondeu:

“Na Azul no Brasil operamos o Embraer E2. É um avião incrível. Para a Breeze, porém, escolhemos o Airbus A220, principalmente pelo maior alcance. Ele pode voar cerca de 1300 quilômetros a mair. Isso nos permite voos para o exterior, talvez para o Havaí e até da costa leste para a Europa. Além disso, com sua cabine mais larga, oferece melhores oportunidades para oferecer duas classes. Por último, mas não menos importante, o Airbus A220 é mais adequado para decolar de pistas curtas porque não é tão longo quanto o Embraer E195-E2”.

Em poucas palavras, Neeleman deixou claro quais são os principais argumentos de venda da Airbus contra o jato brasileiro, seu concorrente direto.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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