Como amplamente repercutido nos últimos dois dias, mais um acidente aéreo ocorreu na aviação geral brasileira, com perda de uma vida, envolvendo um bimotor Piper PA-34-220T, modelo também conhecido como Seneca IV.
O avião, de matrícula PT-WLP e capacidade para 6 pessoas, que pertencia à empresa HKTC do Brasil, filial nacional da empresa HKTC baseada em Hong Kong, China, partiu na noite da quinta-feira, 28 de março, do Aeroporto Comandante Rolim Adolfo Amaro, de Jundiaí, cidade próxima da Grande São Paulo, para um curto voo até o Aeroporto Campo de Marte, na capital paulista.
Tratava-se de um voo de translado (movimentação da aeronave de um aeroporto para outro), portanto, somente com o piloto Ângelo Chaves Pucci, de 44 anos, a bordo. Entretanto, ao chegar ao destino, a pista estava impraticável, pois estava sendo realizado trabalho de limpeza desta, em função de haver óleo no asfalto.
Diante da impossibilidade de pousar em São Paulo, Ângelo optou por retornar a Jundiaí, mas não chegou ao aeroporto de onde havia partido. O último contato na frequência de comunicação de controle de tráfego aéreo, por volta das 23h00 da quinta-feira, foi quando a aeronave sobrevoava a Serra do Japi, que fica ao lado do Aeroporto de Jundiaí.
Em função do acidente, a HKTC do Brasil já havia divulgado sua primeira nota oficial na sexta-feira, informando o seguinte:
Ao longo da sexta-feira, 29 de março, aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) e da Polícia realizaram trabalhos de busca aérea. O vídeo a seguir, do canal “Aviação Executiva Jundiaí SP”, mostra um C105 da FAB sobrevoando a região no momento em que foram avistados os destroços, por um helicóptero da Polícia Militar:
Como foi possível ouvir nas comunicações da frequência de controle de tráfego aéreo que acompanham o vídeo, a equipe do helicóptero Águia 10 (Águia Uno Zero) da Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMESP) foi quem encontrou o avião. A partir dos 20 segundos do vídeo, a controladora de tráfego aéreo chamou o piloto do C105, de matrícula FAB 6550 (FAB Meia Cinco Cinco Zero), e informou: “A aeronave Águia Uno Zero encontrou…chamou aqui na fonia, que havia encontrado a aeronave”.
Assim, foram iniciados os trabalhos para acessar o local de floresta, para verificar se o piloto havia sobrevivido. A força-tarefa contou com bombeiros, policiais militares, agentes federais da FAB e equipes da Guarda Municipal e Defesa Civil.
Porém, somente na manhã do sábado, 30 de março, foi possível chegar ao local exato, na Serra do Japi, distante cerca de 7 km do aeroporto, quando, infelizmente, foi confirmado o falecimento, com o corpo de Ângelo encontrado próximo aos destroços.
Diante da perda do piloto, a HKTC do Brasil publicou sua segunda nota oficial no sábado, dizendo o seguinte:
Segundo dados do Registro Aeronáutico Brasileira (RAB), o PT-WLP estava em “situação normal” de Aeronavegabilidade, com o seu Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade (CVA) válido até 15/03/2025. O CVA é o procedimento de manutenção feito anualmente para certificar que a aeronave está verificada e aprovada em relação à sua condição física e documental.
As causas prováveis do acidente e fatores contribuintes serão investigados pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) da Força Aérea Brasileira, com objetivo de se evitar que novos acidentes por motivos semelhantes ocorram.
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